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Farc se recusam a entregar responsáveis por assassinatos

As Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) asseguraram hoje (26) que em “hipótese alguma” entregarão os responsáveis pelo assassinato de dois policiais em Tumaco, departamento de Nariño. O Ministério da Defesa colombiano e a Organização das Nações Unidas (ONU) haviam solicitado que as Farc entregassem os responsáveis pela morte dos policiais, ocorrida há duas semanas. A recusa em apresentar os culpados do atentado foi divulgada por meio de um comunicado, enviado pelo chefe máximo da guerrilha, Rodrigo Londoño, chamado de Timochenko.

Segundo investigações do governo colombiano, o major Germán Méndez Pabón e o patrulheiro Edílmer Muñoz foram torturados e encontrados mortos na madrugada do dia 18 de março, na zona rural de Tumaco. Segundo a perícia, o patrulheiro teria sido degolado e o major foi morto com um tiro, e ambos foram torturados, de acordo com o Instituto de Medicina Legal da Colômbia.

Timochenko não negou a autoria do atentado, mas disse que se guerrilheiros tivessem de responder pelo delito, isso teria que ser feito dentro da própria jurisdição guerrilheira, e não por “autoridades inimigas”.

O pedido de entrega dos guerrilheiros responsáveis havia sido feito pelo ministro da Defesa colombiano, Juan Carlos Pinzón, no último fim de semana, e o Escritório das Nações Unidas no pais também havia solicitado a entrega dos guerrilheiros responsáveis às autoridades.

Em negociação de paz com o governo, desde novembro de 2012, as operações militares não foram suspensas em meio ao processo e há casos de ataques, atentados e mortes de militares pelas Farc, assim como de captura e mortes de guerrilheiros pelo Exército.

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