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Forças anti-Khadafi preparam novos ataques na Líbia

Forças contrárias ao ditador líbio, Muammar Khadafi, preparam novos ataques para tentar tomar os principais focos de resistência do regime nas cidades de Bani Walid e Sirte, local de nascimento do coronel. Combatentes anti-Khadafi tiveram de recuar após enfrentarem artilharia das forças leais ao coronel.

Moussa Ibrahim, porta-voz de Muammar Khadafi, disse que a resistência vai continuar “por meses e meses”.

Os confrontos nas duas cidades aconteceram no mesmo dia em que a Organização das Nações Unidas (ONU) reconheceram o Conselho Nacional de Transição (CNT), criado por opositores de Khadafi e que governa a Líbia interinamente, como representante legítimo do país na Assembleia Geral das Nações Unidas, que será aberta na semana que vem.

As forças anti-Khadafi entraram na região norte de Bani Walid, localizada 140 quilômetros a sudeste da capital líbia, Trípoli, ontem e inicialmente encontraram áreas desertas, abandonadas pelos moradores. Mas, ao tentarem avançar em direção ao centro da cidade, eles foram atacados por atiradores, que usaram morteiros e foguetes.

Em Sirte, também ontem, as forças anti-Khadafi tiveram de enfrentar artilharia vinda do alto de prédios e houve um violento confronto, com rajadas de metralhadoras e foguetes.

Segundo analistas, a conquista de Bani Walid, Sirte ou de ambas cidades poderá ter um efeito devastador para as forças leais a Khadafi e é possível que novos ataques das forças anti-Khadafi aconteçam ainda hoje.

O reconhecimento do CNT pela ONU foi obtido por 114 votos contra 17, a despeito da oposição de parte dos países da América Latina e da África, e permitirá que o presidente do conselho, Mustafa Abdul Jalil, participe da Assembleia Geral das Nações Unidas, em Nova York, na semana que vem.

Autoridades americanas disseram que o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, vai se reunir com Abdul Jalil na terça-feira (20).

A ONU também aprovou uma resolução reduzindo as sanções à Líbia, incluindo a empresa estatal de petróleo e o banco nacional do país.

Segundo o ministro do Exterior britânico, William Hague, os bens líbios avaliados em US$ 19 bilhões (R$ 32 bilhões) congelados na Grã-Bretanha começarão a ser liberados como resultado da resolução.

O Conselho de Segurança da ONU decidiu ainda criar uma missão de apoio ao governo interino na Líbia.

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