Fundação Zoobotânica fará novo processo para resgatar ossada de baleia franca
O animal de aproximadamente 16 metros, encontrado em São José do Norte, foi enterrado em novembro de 2010 em uma área do Parque Zoológico, em Sapucaia do Sul, para a conclusão do processo de decomposição da matéria orgânica ainda presente nos ossos. No dia 13, uma equipe da FZB foi ao local e constatou que, além do atraso, a forma equivocada como a baleia foi enterrada provocou a quebra de ossos. Para piorar, a terra compactou e será preciso um “trabalho de arqueólogo” para recuperar toda a ossada do mamífero que, em vida, pesava cerca 40 toneladas.
A equipe definiu, então, a construção de um recipiente adequado para receber a ossada, que será coberta por areia. Ainda não há data para a operação ser realizada. O tempo de espera após esta etapa será de mais de seis meses.
Entenda o caso
Em 2010, após ter sido descarnado, o material deveria ser acondicionado com as peças do esqueleto separadas, ordenadas e identificadas. Tudo deveria ter sido coberto com material inerte (neste caso, areia) para que o processo de limpeza dos ossos fosse concluído e a exumação facilitada.
Apesar do pedido, a construção das caixas de madeira foi negada pela diretoria da FZB à época. Menos de um quarto dos 24 m³ de areia considerados o ideal pelos técnicos foram utilizados.
Nessas condições, a solução foi cavar uma vala para enterrar o animal nas melhores condições possíveis. Sem a presença dos técnicos, mesmo com o buraco de 10 metros de largura e cinco de profundidade pronto e a ossada separada e ordenada na carroceria do caminhão, o então diretor do Parque Zoológico determinou que o material fosse jogado em uma vala de apenas cinco metros, sem qualquer cuidado.
Como o solo está muito duro, não foi possível verificar a extensão dos danos à ossada.