Generais são presos e acusados de planejar de golpe na Venezuela
“Capturamos três chefes da aviação que pretendiam lançar a Força Aérea contra o governo legitimamente constituído. Agora eles estão a disposição dos tribunais militares”, anunciou Maduro, ao iniciar encontro com chanceleres, entre eles o ministro de Relações Exteriores do Brasil, Luiz Alberto Figueiredo.
“Eles [os oficiais generais] afirmavam que esta semana seria decisiva”, disse Maduro. O presidente lamentou que a “carreira dos oficiais tenha sido destruída pelo fato de eles terem escutado conselhos para destruir a democracia”.
Diante dos chanceleres, Maduro disse que a Venezuela garante o direito à participação política e os protestos pacíficos. Mas disse que há “um plano para desestabilizar o país e justificar um golpe de Estado”. O presidente chamou a oposição venezuelana ao diálogo. “Sigo retificando que queremos o caminho da paz e da verdade. E criamos instrumentos e objetivos para fortalecer o diálogo”, ressaltou.
A maioria dos partidos de oposição recusa fazer parte das conferências nacionais e regionais do governo. O governador do estado de Miranda, Henrique Capriles, disse que não negocia enquanto o governo não colocar “em prática” o discurso de paz. Desde o início de manifestações de rua três opositores foram presos.
O primeiro, detido há mais de um mês, é o líder do partido Vontade Popular, Leopoldo López. Ele é considerado pelo governo como mentor dos “atos violentos” registrados em fevereiro. Dois prefeitos de regiões em que a oposição é mais forte politicamente foram acusados de incitar a rebelião civil.