Governo intensifica vacinação contra as hepatites

A região sul do Brasil  tem incidência de 0,5% da hepatite B e de 1,5% do vírus C – são cerca de 2 milhões de pessoas infectadas. O Governo do Estado criou o Comitê Intersetorial de Enfrentamento das Hepatites Virais, liderado pela presidente do Comitê de Ação Solidária, Tarsila Crusius. Uma das ações em execução é a intensificação da vacinação contra a hepatite B. Neste sentido estão sendo desenvolvidas campanhas de imunização junto aos municípios, com foco nos jovens com idades entre 14 e 19 anos. O comitê trabalha na implementação de Centros de Aplicação de Medicamentos Injetáveis (Cammis).

Para as demais faixas etárias, houve um aumento da abrangência, estando as vacinas disponíveis nos postos, com foco na população mais vulnerável. Entre os grupos prioritários estão caminhoneiros, portadores de doenças sexualmente transmissíveis e gestantes. Manicures, pedicures e podólogos também estão entre os novos beneficiados, assim como lésbicas, bissexuais, transgêneros e pessoas que vivem em assentamentos e acampamentos.

De acordo com o diretor do Centro Estadual de Vigilância em Saúde (CEVS), Francisco Paz, o Rio Grande do Sul vem cumprindo o seu papel, evitando que a hepatite avance. “Queremos dar uma resposta ainda melhor, potencializar e integrar os programas de saúde diante da complexidade dessa doença”, afirmou.

No Brasil, 7,44% da população de dez a 69 anos já teve contato com o vírus da hepatite B (VHB), de acordo com dados do Estudo de Prevalência de Base Populacional das Infecções pelos Vírus das Hepatites A, B e C nas capitais do país. A evolução para a forma crônica ocorre em aproximadamente 5% a 10% dos adultos expostos ao vírus B e 70% a 85% dos expostos ao vírus C, que podem ainda desenvolver cirrose e câncer de fígado.

Transmissão

Os agentes causadores das hepatites virais são designados pelas letras A, B, C, D e E. Todos eles infectam as células do fígado, mas são diferentes na forma de transmissão e nas consequências clínicas.

O grupo do vírus B, C e D é transmitido por meio parenteral, relação sexual, compartilhamento de objetos contaminados com sangue (agulhas, seringas, lâminas de barbear, escova de dentes, alicates de manicure), utensílios para colocação de piercing ou tatuagens e instrumentos para uso de drogas injetáveis ou inaláveis.

Há também risco de transmissão por meio de procedimentos cirúrgicos e odontológicos, acidentes pérfuro-cortantes e hemodiálise sem as adequadas normas de biossegurança.

Comentários

Comentários