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Gre-Nal: rivalidade centenária nas telas de cinema

A G7 Cinema anuncia o início do projeto que marcará a história cultural gaúcha. Em comemoração aos 100 anos do Gre-Nal, equipes de torcedores dos clubes produzirão dois filmes sobre a rivalidade centenária. Supremacia Vermelha e GRÊM10X0 chegam às telas de cinema de todo o país em maio de 2010. O torcedor é o ator principal, e pode participar ativamente dos filmes através do site http://www.filmegrenal.com.br.

Como contar uma história, de forma imparcial, quando heróis e vilões se confundem? A rivalidade entre Grêmio e Internacional, que nasceu no ano de 1909, é repleta de feitos grandiosos, tanto do lado azul quando do lado vermelho.

A paixão por dois dos maiores clubes brasileiros, ambos campeões mundiais, é reforçada pelo eterno embate entre colorados e tricolores. Cem anos se passaram desde o primeiro encontro entre as instituições, e para reviver de forma grandiosa toda a emoção que envolve o clássico Gre-Nal, a G7 Cinema inova com o projeto de criar dois longas-metragens sobre o mesmo tema.

A empresa, pioneira na realização de filmes de futebol no Brasil, já produziu e distribuiu filmes repletos de emoções dos torcedores de Internacional (Gigante – Como o Inter Conquistou o Mundo; Nada Vai nos Separar – Os Cem Anos do S.C. Internacional), Grêmio (Inacreditável – A Batalha dos Aflitos), Corinthians (Fiel), São Paulo (Soberano – Seis Vezes São Paulo). O foco agora é levar a histórica disputa Gre-Nal para as salas de cinema.

Os filmes – intitulados Supremacia Vermelha e GRÊM10x0 – são documentários, mas feitos para emocionar. O objetivo é contar a história, mas o fundamental é recuperar o arco de sentimentos, da agonia ao êxtase, que nasce nas arquibancadas a cada lance da partida.

Para orquestrar os longas, foram convocados nomes de peso como o gremista Eduardo “Peninha” Bueno e o colorado Luís Augusto Fischer nos roteiros, bem como os diretores Beto Souza e Fabiano de Souza. Profissionais com quem a G7 já trabalhou em projetos anteriores, apaixonados pelos seus clubes.

Os dois filmes serão basicamente dos torcedores. Não é apenas feito para eles, mas sim com a participação ativa da torcida. Através do site http://www.filmegrenal.com.br/, gremistas e colorados terão três áreas de interação. Na primeira, cada um poderá contar sua história relacionada ao clássico. Os melhores depoimentos vão render uma participação gravada no filme, dando ao torcedor anônimo a chance de entrar para a história do seu clube. A ideia é não ter um narrador.

A segunda maneira de atuação é na escolha do pôster do filme. São quatro opções para cada clube, e a vencedora será decidida pelo resultado da votação do site. Por fim, os torcedores podem enviar vídeos, seja de dentro do estádio ou em uma festa após uma vitória. A interatividade através da Internet já é uma iniciativa de sucesso de filmes anteriores, que sempre conta com centenas de milhares de participantes.

A única ligação entre os filmes é o clássico em si. As duas produções terão autonomia completa, a orientação é que as equipes não se comuniquem. Serão óticas totalmente distintas, uma gremista e outra colorada.

Supremacia Vermelha e GRÊM10X0 são projetos oficiais do S.C. Internacional e Grêmio F.B.P.A., respectivamente, e chegarão às telas de cinema de todo o Brasil em maio de 2010.

Biografias:

Inter:

Fabiano de Souza (Direção) – Fabiano de Souza nasceu em 1973. Antes de completar dez anos já era tricampeão brasileiro de futebol. Inclusive, esteve ao lado do pai e do irmão na final da conquista invicta de 1979. Lembra do gol do Falcão, mas se recorda ainda mais da primeira vitória contra o Vasco: dois gols de Chico Spina, feitos lá no Maracanã. Foi muito ao Beira-Rio, sempre ao lado do Enéas e do Diego, os já citados pai e irmão.Tinha o limite de comer no máximo dois sorvetes por cada tempo de jogo e sentava embaixo do relógio – naquela época dava para contornar o estádio e ficar sempre atrás do gol adversário. Dali viu a estreia de Rubem Paz e os títulos gaúchos capitaneados pelo meia uruguaio.

Já ao lado dos amigos de faculdade – sentado em um local central do Beira-Rio – assistiu ao pênalti cobrado por Célio Silva, uma bangornada que mandou o Fluminense de mãos abanando para o Rio de Janeiro e deixou em Porto Alegre a Copa do Brasil de 1992. Um pouco depois desse título nacional, virou roteirista e diretor de cinema e televisão. Rodou diversos curtas-metragens e assinou vários programas especiais da RBS TV. Entre suas realizações estão Um estrangeiro em Porto Alegre (1999), Cinco Naipes (2004) e O Louco (2007).

No meio disso, tornou-se professor dos cursos de Produção Audiovisual e Publicidade e Propaganda da FAMECOS/PUCRS. Em 2006, acompanhou com sua esposa colorada a vitória contra o Barcelona. A Gabi já trazia na barriga a Maria Clara – outra ladina vermelha. Quando Gabiru fez o gol, sentiu que aquele serzinho que hoje tem mais de dois anos dizia apenas uma coisa: PAPAI É O MAIOR.

Luís Augusto Fischer (Roteiro) – Luís Augusto Fischer é neto, filho, sobrinho, irmão, primo, tio, padrinho e pai de colorados de fé. Nascido em 58, era menino quando aprendeu a dor de ser solidário ao clube do coração nos momentos de baixa. Mas quando chegou aos 10 anos acompanhou a construção do Beira-Rio, que inaugurou uma das eras mais espetaculares que um time pode conhecer, em qualquer parte ou época: octacampeão gaúcho e tricampeão nacional no país do futebol, com um time que, como sempre ocorre nas grandes fases do Colorado, combinava a garra das equipes do sul com as virtudes do jogo brasileiro. Professor de literatura e escritor, tem em sua biblioteca uma das mais notáveis relíquias que um torcedor do Inter pode ter: o álbum de figurinhas da inauguração do Beira-Rio, completo como devem ser as lembranças da felicidade.

Felicidade que chegou ao ponto sublime com o Mundial de Clubes, acontecida no mesmo ano em que nasceu seu filho, Benjamim, que com poucas semanas de vida percebeu como é bom ser colorado. Fischer escreveu o livro Meu Pequeno Colorado e é co-autor, com Fernando Carvalho, de De Belém a Yokohama. É também o autor do roteiro dos filmes Gigante – Como o Inter Conquistou o Mundo e Nada Vai nos Separar – Os Cem Anos do S.C. Internacional.

Grêmio:

Beto Souza (Direção) – Beto Souza nasceu no ano em que o Grêmio conquistou dois importantes títulos: foi Campeão Sul-Brasileiro/Taça da Legalidade, com uma vitória de 2 x 1 sobre o rival citadino, no Estádio dos Eucaliptos, e também Campeão do Estado do Rio Grande do Sul.

Sua paixão pelo Grêmio é quase genética: Beto é filho de Renato Souza, que foi presidente do clube na gestão 1963-1964. Bacharel em Jornalismo Gráfico e Audiovisual pela UFRGS, Beto Souza trabalha com cinema desde 1985.

Já dirigiu e produziu diversos títulos e conquistou vários prêmios nacionais e internacionais tanto com produções em filme, quanto em vídeo. Entre seus filmes destacam-se Netto Perde Sua Alma – lançado nos cinemas nacionais em 2001 e vencedor de 13 prêmios em festivais no Brasil e no exterior – e Cerro do Jarau, que estreou nos cinemas gaúchos no final de 2005. Beto também dirigiu o filme Inacreditável – A Batalha dos Aflitos.

Eduardo Bueno (Roteiro) – Eduardo Bueno nasceu quando o Grêmio já era um time tricampeão do Gauchão. Ao completar 10 anos, Bueno foi ao seu primeiro Gre-Nal e viu o tricolor fazer quatro no seu desvalido rival municipal e, naquela ensolarada tarde de domingo, conquistar o hepta. Assim sendo, em uma década de vida, o jovem gremista já tinha nove títulos no currículo.

Mas eram títulos meramente regionais: as conquistas realmente importantes – um Mundial, duas Libertadores, uma Re-Copa Sul-Americana, dois campeonatos brasileiros e quatro Copas do Brasil – viriam na sequência, coroando uma existência de devoção ao imortal tricolor. Quando o Grêmio lhe dá uma folga, Eduardo Bueno – também conhecido por Peninha – até que trabalha.

Jornalista, passou por quase todos os  jornais, revistas e TVs do país. Meio cansado da vida das redações – onde há gente que torce por outros times -, Bueno resolveu arriscar-se nas águas da história do Brasil e, nelas, achou seu porto seguro. Seus livros sobre o período colonial venderam mais de um milhão de exemplares, fato inédito no mercado editorial brasileiro.

Eduardo é o autor do roteiro de Inacreditável – A Batalha dos Aflitos que, apesar de ser o quinto roteiro que Bueno escreveu na atual encarnação, é o único que saiu do papel e que lhe encheu de alegria e satisfação. Assim como os títulos do Grêmio, outros projetos virão.

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