Horário de verão inicia neste domingo

Nesta 36ª edição, os relógios deverão ser adiantados em uma hora a partir da zero hora do dia 05 de novembro, até a zero hora do dia 25 de fevereiro de 2007. A medida abrange os mesmos estados do ano passado, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Distrito Federal.

De acordo com o Operador Nacional do Sistema (ONS), a previsão é que haja uma redução de 4% a 5% na demanda no horário de pico, o que representa aproximadamente 2 mil MW. Nas regiões Sudeste e Centro- Oeste, a previsão é de uma redução na demanda da ordem de 1.560 Megawatt (MW), o que equivale a duas vezes ao consumo máximo de Brasília. Na região Sul a redução será de 530 MW, o que equivale à 80% da carga no horário de ponta (consumo máximo) da cidade de Porto Alegre (RS).

A aplicação do Horário no Sul, Sudeste e Centro Oeste do País é porque nessas regiões é possível um aproveitamento mais eficiente da luz solar nessa época do ano. Para atender solicitação do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), como já ocorreu em anos anteriores, o início da medida foi transferido para o primeiro domingo de novembro, data posterior ao segundo turno das eleições.

A implantação do Horário de Verão tem como principal objetivo a redução da demanda máxima durante o horário de ponta de carga do sistema elétrico brasileiro. O aumento de consumo nessa época é resultado, sobretudo, do incremento da produção industrial, face às encomendas de Natal, e ao aumento da temperatura com a chegada do verão.

A medida traz como conseqüência maior segurança e confiabilidade operativa do sistema nas horas mais críticas, minimizando a necessidade de novos investimentos sazonais em áreas localizadas. “O Horário de Verão é estratégico para o Brasil porque representa redução de custos, evita investimentos desnecessários em geração, e aumenta a segurança do sistema elétrico”, afirma o ministro Silas Rondeau, de Minas e Energia.

Além dos ganhos na segurança operacional, esperam-se benefícios econômicos expressivos com a redução da geração térmica com reflexos diretos nas tarifas. Esse custo poderia se refletir nos custos de serviços do sistema, e conseqüentemente, na tarifa do consumidor, caso não houvesse a implantação do HV. Evita ainda, a sobrecarga nas linhas de transmissão, subestações, sistemas de distribuição e unidades geradoras de energia.

Estados Unidos, Rússia e vários países da União Européia adotam a mudança de horário no período de março a outubro, tendo em vista sua localização geográfica no hemisfério Norte. Já os países do hemisfério Sul, como Austrália, Nova Zelândia, Brasil, Chile, Paraguai, entre outros, adotam a medida no período de outubro a março.

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