Identificado suspeito de matar menino em Imbé: já estava preso por outro crime
Policial

Identificado suspeito de matar menino em Imbé: já estava preso por outro crime

Um homem de 35 anos, suspeito pela morte do menino Brayan Vidal Ferreira, de seis anos, baleado dentro de casa em 7 de agosto do ano passado, em Imbé, foi identificado pela Polícia Civil.

Brayan morreu um dia após o ataque a tiros ocorrido dentro da residência onde vivia.

Conforme a Polícia Civil, o suspeito tem diversos antecedentes criminais, inclusive condenações por tráfico de drogas e porte ilegal de arma.

Ele estava detido na Cadeia Pública de Porto Alegre (antigo Presídio Central) cumprindo pena por tráfico de drogas.

Segundo o delegado Rodrigo Nunes, titular da delegacia de Imbé, o suspeito foi chamado a depor e, posteriormente, reconduzido ao sistema prisional.

Durante o interrogatório, que foi acompanhado por um advogado, o homem optou por ficar em silêncio.

Segundo o delegado, as investigações devem prosseguir para identificar outros suspeitos.

Nem a criança, nem o policial: alvo na morte de menino em Imbé seria outro, diz investigação

O alvo do assassinato que chocou o Litoral gaúcho, não seria o policial da reserva da Brigada Militar, muito menos seu filho.

Segundo o delegado Antônio Carlos Ractz, os criminosos que atacaram a residência da família efetuaram mais de 50 disparos com pistolas.

Ractz afirmou que os atiradores só não mataram todos que estavam na casa porque acabaram as munições.

Havia seis pessoas na residência no momento do crime. O alvo do ataque seria outro colombiano, companheiro da neta do policial militar aposentado, que conseguiu escapar do local.

— Uma criança, de apenas seis anos, estava brincando e vendo TV num domingo à tarde, na sua casa, com um irmão autista, com os pais, quando entram aqueles indivíduos, efetuando série de disparos, ela corre para os braços dos pais, e é morta na frente dele. Isso tem de ter uma resposta, independentemente do filho de quem fosse — disse Ractz.

Em agosto de 2022, em coletiva de imprensa, os policiais detalharam a ofensiva realizada.

Um esquema de agiotagem pode estar por trás do ataque a tiros que resultou na morte da criança de seis anos.

Segundo a polícia, um grupo de colombianos está envolvido em um esquema de agiotagem – prática ilegal de emprestar dinheiro com juros elevados.

Na semana anterior, um outro colombiano foi assassinado em Capão da Canoa. O homem de 30 anos seguia em uma motocicleta às margens da Estrada do Mar, quando foi atingido a tiros.

Segundo a polícia, há suspeita de que este homem estivesse atuando como agiota.

— Na segunda-feira, tínhamos já elementos que comprovaram a conexão entre esses dois fatos (do crime de Capão da Canoa com o ataque à casa em Imbé), envolvendo esses colombianos, que se dedicam aqui no Litoral, como também em outras regiões do Estado e outros Estados, à agiotagem.

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Eles estão organizados, ou seja, integram organização criminosa, onde emprestam dinheiro a juros abusivos.

E para essa cobrança eles se valem da extorsão. Houve um desacerto entre eles, isso tudo partindo com ligação direta da Colômbia.

Aqui no nosso país eles lavam dinheiro. Esse dinheiro que eles acabam emprestando é oriundo de lavagem — afirmou o delegado Antônio Carlos Ractz durante a coletiva.

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