IFRS deposita primeiros pedidos de proteção à propriedade intelectual

educacaoUma nova perspectiva para as pesquisas desenvolvidas no Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul (IFRS) começa a ser delineada. A instituição realizou os três primeiros depósitos de pedido de proteção à propriedade intelectual junto ao Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI). A partir da iniciativa, os inventos e criações ficam protegidos de cópia, venda e da importação de produtos idênticos.

Duas solicitações são para patentes. Uma refere-se a uma cadeira de rodas que prioriza a versatilidade no dobramento, a fim de facilitar o seu transporte. Foi desenvolvida pelo professor Juliano Toniolo, do Câmpus Caxias do Sul, em parceria com uma empresa da região. O pedido é para uma patente de modelo de utilidade.

A outra é uma patente de invenção, solicitada para um processo de obtenção de cola a partir do isopor, desenvolvido pela docente Rossana Angélica, do Câmpus Porto Alegre.

Há também um pedido para registro de um programa de computador, do software intitulado “Ferramenta de Análise de Escalonamento para Redes Modbus” (Modbus é um protocolo padrão de comunicação de dados aberto utilizado em equipamentos industriais). Nestas redes, conhecer o tempo entre as transmissões de dados é crucial para garantir que os sistemas controladores das máquinas e os processos se comportem de maneira adequada. “O programa permite, junto a um equipamento especial, medir os tempos de transmissão de dados ocorridos na rede. Desta forma, o usuário que configura e mantém a rede pode identificar problemas nas comunicações e testar se a rede apresenta desempenho adequado à aplicação”, explica o professor Gustavo Kunzel, do Câmpus Farroupilha, desenvolvedor do software.

Pesquisas em andamento

As solicitações foram encaminhadas pelo Núcleo de Inovação Tecnológica (NIT), ligado à Pró-Reitoria de Pesquisa, Pós-graduação e Inovação (Proppi). O coordenador do NIT, professor Erik Schüler, salienta que a pesquisa aplicada, a qual busca soluções para demandas e problemas da sociedade, está na missão do IFRS e vem sendo fortalecida.

“Temos hoje um NIT muito bem organizado e em condições de dar o suporte que os pesquisadores necessitam para o registro de suas inovações. Por isso, esperamos que estes sejam os primeiros depósitos de muitos que ainda virão”, acrescenta o pró-reitor de Pesquisa, Pós-Graduação e Inovação do Instituto, Júlio Xandro Heck.

A patente e o registro junto ao INPI ou aos demais órgãos competentes também representam mais investimentos para a pesquisa e a inovação. Na comercialização dos direitos de propriedade intelectual a partir de parceria com empresas privadas ou pelo próprio Instituto, é estabelecido percentual a ser destinado ao IFRS.

 O IFRS

O Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul (IFRS) é uma instituição federal de ensino público e gratuito. Conta com mais de 25 mil alunos e 120 oportunidades cursos técnicos e superiores de diferentes modalidades em diferentes municípios do Estado. Oferece também cursos de pós-graduação e dos programas do governo federal Pronatec, Proeja, Mulheres Mil e Formação Inicial Continuada.

O IFRS atua com uma estrutura multicâmpus. Possui os câmpus de Bento Gonçalves, Canoas, Caxias do Sul, Erechim, Farroupilha, Feliz, Ibirubá, Osório, Porto Alegre, Restinga (Porto Alegre), Rio Grande e Sertão, além de novos câmpus em implantação, nos municípios de Alvorada, Rolante, Vacaria, Veranópolis e Viamão. Entre seus objetivos está promover a educação profissional e tecnológica de excelência e impulsionar o desenvolvimento sustentável das regiões.

Foi criado em 29 de dezembro de 2008, pela lei 11.892, e pertence à Rede Federal de Educação Profissional e Tecnológica. A Reitoria está localizada em Bento Gonçalves. Saiba mais no endereço eletrônico www.ifrs.edu.br.

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