Inflação deve ficar no teto da meta, reforçam instituições
As estimativas estão bem distantes do centro da meta (4,5%). É função do BC fazer com que a inflação fique dentro da meta e, para isso, usa alguns instrumentos. Um dos instrumentos usados para influenciar a atividade econômica e, consequentemente, a inflação, é a taxa básica de juros, a Selic.
Essa taxa é usada nas negociações de títulos públicos no Sistema Especial de Liquidação e Custódia (Selic) e serve de referência para as demais taxas de juros da economia. Quando o Comitê de Política Monetária (Copom) aumenta a Selic, o objetivo é conter a demanda aquecida, e isso gera reflexos nos preços, porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. Já quando o Copom reduz os juros básicos, a tendência é que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo, mas a medida alivia o controle sobre a inflação.
O BC tem que encontrar equilíbrio ao tomar decisões sobre a taxa básica de juros, de modo a fazer com que a inflação fique dentro da meta estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional.
A mediana das expectativas (que desconsidera os extremos nas projeções) das instituições financeiras para a Selic, ao final deste ano, segue em 11,25% ao ano. Para o final de 2015, a projeção subiu de 12% para 12,25% ao ano. Atualmente, a Selic está em 11% ao ano, após passar por nove altas seguidas.
A pesquisa semanal do BC também traz a mediana das expectativas para a inflação medida Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI), que foi alterada de 7,34% para 7,39%, em 2014. Para o Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M), a estimativa passou de 7,2% para 7,32%, este ano. Em 2015, a projeção para os dois índices segue em 5,50%.
A estimativa da inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor (IPC) da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) passou de 6,2% para 6,06%, este ano, e permanece em 5%, em 2015.