Educação

Início das aulas no RS é prorrogado para o dia 17 de agosto

O governo do Rio Grande do Sul anunciou hoje (29) o adiamento da volta às aulas da rede estadual de ensino por 14 dias, para prevenir a contaminação pelo vírus Influenza H1N1.

Em nota, a governadora Yeda Crusius destaca que a medida visa a “retardar a velocidade de contágio na população”. As aulas devem recomeçar no dia 17 de agosto.

A governadora recomendou que escolas municipais, privadas e universidades também prorroguem as férias.

O estado registra cerca de 12 mil casos de influenza A (H1N1) – gripe suína. Segundo balanço divulgado pelo governo gaúcho, 99% não são considerados de maior gravidade e não necessitam de internação hospitalar.<!– .replace('

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Comunicado divulgado pelo governo:

1) Consideramos, por todas as avaliações dos especialistas mundiais, nacionais e gaúchos, esta pandemia de Gripe A (ou Influenza H1N1) como uma pandemia (epidemia que já está em 160 países) com um perfil de baixa letalidade (0,4% dos casos podem ir a óbito), semelhante ao da gripe sazonal que nos aflige em todos os invernos.

2) Historicamente, a cada ano, durante o período mais frio do ano, o Rio Grande é acometido por um aumento de infecções respiratórias que sobrecarregam os postos de saúde e hospitais. A cada ano que passa, temos conseguido com as ações de prevenção e com a vacina antigripal, reduzir a gravidade dos casos e o número de óbitos. Em 1996, no mês de julho, faleceram mais de 1900 pessoas com infecção respiratória no RS, na maior parte provocada pelas gripes sazonais (com vários tipos de vírus que aumentam o contágio no inverno). Em 2008, já havíamos reduzido esse número para 950.

3) Somos, hoje, o principal palco no país de enfrentamento da nova gripe. A razão disso é termos a maior linha de fronteira com os países da América do Sul, que possuem os maiores índices mundiais de epidemia, além de passar por aqui o maior volume de veículos de carga provenientes do Chile para o Brasil. Somando a isso o frio intenso que predispõe a esse tipo de contágio, estamos tendo aqui uma rápida disseminação da nova gripe, maior que em qualquer outro ponto do país.

Embora a nova gripe não seja mais grave que as gripes sazonais, pelo simples fato de ser veiculada por um vírus novo, ela possui uma maior capacidade de transmissão, que aumenta nos períodos mais frios e nas regiões mais frias, como a nossa.

4) Entendemos que as atividades sociais e econômicas não devem sofrer mudanças significativas. Se não, teríamos que fazê-lo a cada inverno, com os surtos de gripe sazonal, e isso nunca se fez necessário. É claro que, para avaliar cada local onde a propagação da gripe é maior, pode haver uma decisão local, conjuntural, temporária, de poucos dias de duração, para se tentar diminuir a velocidade de disseminação, embora isso não mude os números a médio prazo da epidemia.

5) Para acompanhar o desenvolvimento dessa epidemia atual , articular ações e aconselhar novas medidas, criei um Comitê Estadual para seu acompanhamento. Dele participam órgãos governamentais, não-governamentais, municípios, profissionais da saúde, universidades e diversas secretarias do Estado.

6) Também foi criado um Posto de Comando para esse acompanhamento, onde, com a coordenação da Secretaria da Saúde e da Defesa Civil, está sendo agilizado um fluxo diário de informações que norteiam as decisões.

7) Hoje, já devemos estar próximos aos 12 mil casos de gripe A no Estado, sendo 99% sem maior gravidade e evoluindo para a cura, sem mesmo necessitarem de internação hospitalar. Porém, uma quantidade pequena de casos evolui com gravidade, o que sempre nos preocupa e obriga a avançar em ações de atendimento.

8) Com o agravamento do frio e com o aumento de casos em todas as regiões do Estado, foi avaliada pelo Comitê a possibilidade de algumas ações pontuais para retardar a velocidade de contágio na população. O objetivo é amenizar a curva ( de incremento no número de casos) de transmissão em populações específicas que tenham mais facilidade de contágio.

9) Por isso, o Comitê recomendou, e eu estou determinando, que haja uma postergação do retorno dos alunos das escolas estaduais às aulas, por 14 dias. Recomendamos que essa posição também seja acompanhada pelas escolas municipais, privadas e universidades.

10) Consideramos que essa medida não acaba com a epidemia nem alterará seus números finais. Ela seguirá o curso de todas as epidemias de gripe sazonal. Porém, entendemos que, ao ultrapassarmos o período previsto de maior frio, com menor aglomeração de crianças e jovens, estaremos ganhando um tempo importante para um melhor acompanhamento e atendimento dos casos de gripe.

11) Por todas estas considerações, o Governo do Estado comunica que decidiu adiar o retorno as aulas da rede pública estadual para o dia 17 de agosto próximo.

Governadora Yeda Crusius

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