Instrução Normativa estabelece formas de prevenção a doenças aviárias durante a Copa

A Secretaria da Agricultura, Pecuária e Agronegócio publicou este mês a Instrução Normativa 003/2014 em que orienta criadores durante o período da Copa, em função da circulação de turistas de outros países onde há registros da influenza aviária e outras doenças que possam colocar em risco a produção gaúcha.

Segundo Marcelo Göcks, chefe da defesa sanitária animal da Seapa, o documento reflete o comprometimento do Estado com toda a cadeia produtiva avícola. “Sobretudo pela manutenção da alta produtividade e geração de empregos, do desenvolvimento do agronegócio e da agricultura familiar, mas principalmente da segurança para a saúde animal e humana”, avalia.

A produção brasileira de carne de frango em 2013, segundo dados da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), foi de 12,30 milhões de toneladas, ficando atrás apenas da China e Estados Unidos. Pelo menos metade da produção, 31,6%, foi destinada à exportação. O RS se responsabilizou por 18,28%, atingindo 711,3 mil toneladas de carne – terceiro Estado do Brasil com maior exportação.

“A contribuição somente foi possível graças aos esforços de todos os membros da cadeia produtiva, que, somados ao empenho dos órgãos oficiais de fiscalização, têm conseguido manter o estado livre de doenças que possam comprometer a produção e as exportações dos nossos produtos”, garantiu Göcks.

O último registro de Doença de Newcastle no RS ocorreu no município de Vale Real, em 2006, em propriedade de subsistência, fora do circuito da avicultura industrial. De lá pra cá, a Seapa teve ações como vigilância ativa para os tipos de enfermidade, através da coleta de amostras em aves de descarte de granjas reprodutoras e de postura comercial.

A secretaria também fez expedições a sítios de aves migratórias e em propriedades de subsistência localizadas no entorno, alémde fiscalizar granjas avícolas mediante notificação de mortalidade acima dos parâmetros aceitáveis ou de sintomatologia anormal nas aves, cadastrar e fiscalizar estabelecimentos que comercializam aves vivas, estabelecimentos municipais e estaduais que fazem abates, registro de granjas comerciais visando melhorias na biosseguridade, entre outras.