Judas, ao menos, cobrou mais caro
Decência, dignidade, tudo escorrendo pelo ralo, e o Brasil mais uma vez tendo que assistir ao pior tipo de teatro, esse horror show da nossa política.
Aliás, tem, sim, uma explicação para isso tudo: Realpolitikagem! “Realpolitik” é um termo conveniente para desculpar o baixo oportunismo, contradições ideológicas e calhordice em geral.
O termo nasceu na Alemanha e tem uma longa história, sendo invocado sempre que um acordo ou um arranjo político agride o bom-senso ou a moral.
Há uma graduação na “realpolitik” que vai do tolerável (uma acomodação com o vizinho do lado para assegurar a paz no prédio, mesmo tendo que aceitar o cachorro) ao indefensável (o pacto Stalin/Hitler no começo da Segunda Guerra Mundial, por exemplo).
É difícil saber onde colocar o pacto Lula/Maluf nessa escala.
O hipotético acordo com o vizinho é um sacrifício pelo entendimento e o Stalin estava tentando ganhar tempo até ter um exército. No acordo com o Maluf trocou-se uma história e uma coerência por um minuto e pouco a mais de espaço para o candidato do PT na TV. Ó “seu” Lula da Silva!
Como a Caixa de Pandora, a esperança ainda não escapou, não fugiu! Consola-nos o fato de que, na política, ainda existam pessoas que são e agem exatamente ao contrário dos sórdidos adjetivos que empreguei para o “seu” Lula da Silva neste e em tantos outros episódios protagonizado pelo agora nem tão “falastrão”; para não desperdiçar tempo e espaço, basta apenas a lembrança do “Mensalão”, onde o “capo” e seu braço direito, o bandido-mor, José Dirceu, executavam – para usar um termo que era muito a gosto do “seu” da Silva – ignominiosas maracutaias!
Luiza Erundina, finalmente, despertou do pesadelo em que a “banda podre” transformou o PT.
Vista como extremista, radical, inconsequente e, até mesmo desvairada a ponto de cortar relações com o próprio pai, Luciana Genro, sim, honrou e manteve incólume sua ideologia que acreditava, até o momento em que se bandeou para o PSol, ver refletida no PT.
Lula se “vendeu” por reles 1min35seg. de espaço na propaganda eleitoral. Judas Escariote, ao menos, “cobrou” mais caro!