Lugo condena países envolvidos em corrida armamentista
Segundo a IP Paraguai, agência oficial de notícias, o tema surgiu a propósito de informações veiculadas pela imprensa de todo o mundo sobre a compra de armamentos russos pela Venezuela. Lugo preferiu não reduzir sua preocupação às decisões tomadas pelo governo venezuelano, manifestando-se em nível global.
O presidente paraguaio disse que já demonstrou as intenções pacíficas de suas políticas de governo, ratificando o desejo do país de manter unidade e integração com a América Latina. Por outro lado, Fernando Lugo comemorou o novo tratado de desarmamento nuclear assinado na última quinta-feira (8) entre os presidentes dos Estados Unidos, Barack Obama, e da Rússia, Dmitri Medvedev. Pelo documento, o número de ogivas nucleares dos dois países será de 1.550 cada um, o que representa redução de 74% em relação ao último acordo.
O presidente do Paraguai também comentou o acordo de cooperação entre o Brasil e os Estados Unidos, que teria o objetivo de viabilizar a construção de bases militares norte-americanas em território brasileiro, notícia que chegou a ser veiculada pela imprensa internacional. Lugo disse que “respeito a soberania de cada país, mas não assinaria esse tipo de documento por considerar que o assunto não é conveniente para a atual realidade paraguaia”.
Segundo informação divulgada na última quinta-feira (8) pelo ministro da Defesa, Nelson Jobim, o acordo que o Brasil e os Estados Unidos assinarão amanhã (12) não prevê a instalação de bases militares norte-americanas em território brasileiro, limitando-se à área de defesa. O principal objetivo do acordo é institucionalizar e aperfeiçoar diversos tipos de cooperação entre os dois países.