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Lula diz que esperará processo eleitoral passar para voltar a inaugurar obras

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse hoje (30) que Belém é a última grande capital que visita para assinar ordens de serviço do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) antes do início do período eleitoral. “A partir de agora, vou esperar passar o processo eleitoral para voltar a visitar, porque quero voltar aos estados inaugurando escolas técnicas e universidades, estradas e ferrovias”, disse Lula, durante discurso na capital paraense.

Mais uma vez, Lula demonstrou preocupação com as manifestações da população presente no evento relacionadas a políticos que serão candidatos nas eleições municipais. Ele disse que manifestações como essas fazem com que, no dia seguinte, as manchetes dos jornais não sejam os programa sociais lançados, mas as vaias para a prefeita e a governadora durante a cerimônia.

O presidente usou como exemplo a convivência entre dois conhecidos grupos de uma festa típica de Parintins, no Amazonas, o Caprichoso e o Garantido. “Eles são adversários o ano inteiro, mas, no dia da apresentação, quando o vermelho está se apresentando, o azul fica duas horas em silêncio e vice-versa. Ali é o espaço da sociedade, não é o espaço de uns poucos”.

A classificação, ontem (29), do Brasil pela segunda agência de risco internacional como um lugar seguro para se investir foi comemorada pelo presidente, assim como a descoberta de mais uma reserva de petróleo pela Petrobras.

Em seguida, Lula disse que os adversários atribuem à sorte as coisas boas que têm acontecido no país durante seu governo. “Meus adversários dizem: o Lula tem sorte”. E completou: “Tudo isso é sorte, mas, se não tivéssemos trabalhado duro para consertar a economia brasileira, para contornar a inflação – e vocês sabem o quanto sofremos em 2003, porque tivemos que fazer um ajuste duro”.

O presidente disse que o fará o que for preciso para evitar a volta da inflação. “Farei qualquer coisa país para não permitir que a inflação volte, porque, quando voltar, vai quebrar é o bolso do povo pobre, trabalhador. Nós, do governo, vamos fazer o sacrifício que tivermos que fazer para manter uma política fiscal responsável”.

Ele falou ainda que não permitirá que o Brasil volte a ter recessão e que é necessário que haja pelo menos 20 anos de crescimento sustentável para que o país tenha uma economia saudável.

Durante a cerimônia da qual o presidente participou, foram assinados atos relativos a obras do PAC nas áreas de saneamento e habitação e lançado o Plano de Desenvolvimento Sustentável do Marajó. O plano propõe a implementação de um novo modelo de desenvolvimento global. Também foi assinado um acordo que formaliza a cooperação entre governos federal, estadual e municipal para implementar o programa Territórios da Cidadania.

Em Belém, Lula participou ainda da Reunião do Fórum de Governadores da Amazônia Legal e da instalação do Conselho Deliberativo da Superintendência de Desenvolvimento da Amazônia (Sudam). Foram assinados também atos com a Secretaria Especial de Direitos Humanos para erradicar o sub-registro civil, pela inclusão de pessoas com deficiência e para reduzir a violência contra crianças e adolescentes. <!– .replace('

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