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Lula vai decidir se veta reajuste dos aposentados

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse hoje (5) que “só é possível melhorar a vida do povo se tiver compatibilidade entre a necessidade do reajuste e a receita que nós temos”. A frase se refere à decisão de ontem (4) da Câmara dos Deputados, que aprovou reajuste de 7,7% para os aposentados que ganham mais de um salário mínimo, contrariando a orientação do próprio governo, que defendia um percentual menor. Lula não disse se irá vetar o reajuste. Afirmou que só tomará uma decisão quando o assunto for finalizado no Congresso Nacional.

“Com tranquilidade vou conversar com o ministro da Fazenda, mas só depois que o Senado tomar a decisão final. Não sei se o Senado toma a decisão, se volta para a Câmara, portanto, a hora é de aguardar o Congresso cumprir sua parte”, disse a jornalistas após participar de uma cerimônia no Palácio do Itamaraty.

O governo enviou ao Congresso uma proposta de reajuste de 6,14%, chegou a sinalizar que concordaria com 7%, porém, a Câmara aprovou o aumento de 7,7% com apoio da maioria dos deputados da própria base aliada do governo. Questionado se a aprovação do índice maior poderia ser considerada oportunismo político em função do ano eleitoral, Lula respondeu que, nesse período, o apreço pelos aposentados aumenta de forma “extraordinária”.

“Todo mundo tem apreço pelos aposentados e no ano eleitoral aumenta o apreço de forma extraordinária. Não acredito que tenha dentro do território brasileiro alguém que tenha mais compromisso com os trabalhadores brasileiros do que eu”, disse.

O presidente afirmou ainda que, no atual momento econômico favorável que o Brasil vive, não se pode fazer “qualquer espécie de loucura em qualquer área” que possa atrapalhar o desenvolvimento do país. “Não podemos permitir que qualquer coisa, seja a previdência, seja a política de juros, a inflação, venha causar qualquer impossibilidade de o Brasil continuar nesse momento excepcional que está vivendo”, disse o presidente.

O presidente negou, no entanto, estar se referindo a decisão dos deputados ao usar a palavra loucura. “É o percentual que a Câmara entendeu que era o corrento, então, não posso considerar loucura. Posso entender que os deputados tem tanta vontade de acertar, de fazer as coisas boas para o país como eu. É uma questão de visão econômica que vamos ou consertar ou manter do jeito que está depois que for aprovado no Senado”, finalizou.

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