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Médicos sem Fronteiras pedem ação imediata da OMS

O diretor operacional da organização não governamental Médicos sem Fronteiras (MSF) que atua no Oeste da África, Bart Janssens, pediu que a declaração de emergência por causa do surto de ebola feita pela Organização Mundial da Saúde (OMS)  seja traduzida em ação imediata. Para o diretor, vidas estão sendo perdidas porque a resposta ao surto é lenta demais.

“Declarar ebola uma emergência internacional de saúde pública mostra o quão seriamente a OMS está assumindo o surto atual, mas declarações não salvam vidas”, disse o diretor considera que precisam ser ampliadas ações como atendimento médico, treinamento de profissionais de saúde, controle de infecção, rastreamento das pessoas que tiveram contato com infectados e sistema de alerta.

Atualmente há 66 profissionais estrangeiros e 610 locais atuando pelo MSF no atendimento das vítimas do ebola em Serra Leoa, na Nigéria e na Libéria. “Todos os nossos especialistas em ebola estão mobilizados, nós simplesmente não podemos fazer mais.”

A OMS decretou hoje que a epidemia de febre hemorrágica pelo vírus ebola, registrada em pelo menos quatro países da África Ocidental, é emergência de saúde pública de alcance mundial. A epidemia de ebola no Oeste da África matou 961 pessoas desde o início do surto, em março. Guiné,  Serra Leoa e Libéria são os locais onde o surto está instalado, mas a Nigéria já registrou duas mortes pela doença. O vírus é transmitido pelo contato com o sangue, secreções respiratórias ou outros fluidos corporais de pessoas ou animais infectados.

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