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MetSul alerta que ciclone foi o primeiro de vários eventos extremos e de alto impacto

O ciclone extratropical dos dias 15 e 16 de junho deste ano entrou para a história do clima do Rio Grande do Sul como um dos maiores desastres naturais da história do estado.

Oficialmente, o sistema deixou 16 mortos, um dos maiores saldos de vítimas fatais resultante de fenômeno meteorológico já observado no sul.

O ciclone trouxe vento acima de 100 km/h no Litoral Norte, mas as consequências foram em grande parte resultado do excesso de chuva.

A MetSul alerta que o ciclone deste mês não será o último evento extremo deste ano.

Sob a influência do evento de El Niño que se tornará forte a muito forte nos próximos meses, podendo configurar mesmo um episódio de Super El Niño, o segundo semestre deste ano e os primeiros meses de 2024 serão um período de risco muito elevado de extremos meteorológicos no Sul do Brasil.

O maior risco nos próximos meses serão episódios extremos de chuva e vento, notadamente de chuva.

As precipitações tendem a ficar acima a muito acima da média com eventos de chuva com acumulados altíssimos em curto período ou sequência de dias.

Ainda segundo a MetSul, o período mais crítico começa no fim do inverno, atinge o seu pico na primavera, e prossegue durante o verão, podendo se estender ao outono de 2024, uma vez que o outono de anos seguintes ao ano de começo de El Niño tem grande propensão para excesso de chuva, como se viu em 1941, na grande enchente da história do estado.

Há um risco muito alto de elevada frequência de temporais de vento, raios e granizo durante o segundo semestre deste ano e no verão de 2024, uma vez que a atmosfera estará muito mais úmida e com temperatura acima da média.

Calor e umidade são os ingredientes principais para tempo severo.

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