O anúncio foi feito pelo promotor paulista Mário Sarrubo, durante o encontro realizado neste sábado, em Porto Alegre, pelos familiares das vítimas do desastre. Das dez pessoas que haviam sido apontadas pela Polícia Civil como culpadas pelo acidente, o Ministério Público retirou dois fiscais da Infraero do processo e acrescentou três funcionários da TAM, totalizando onze responsáveis pela tragédia. Destes, cinco são da TAM, cinco são da ANAC e um é da Infraero. O promotor Mário Sarrubo explica o motivo da alteração na lista de indiciados produzida pela polícia.
Os apontados serão enquadrados no crime de atentado contra a segurança no transporte aéreo, na modalidade culposa, sem a intenção de matar. Como se trata de um crime federal, o processo segue na segunda-feira para a justiça de São Paulo, que vai encaminhar ao Ministério Público Federal. Segundo o presidente da Associação dos Familiares das Vítimas do Vôo 3054 da TAM, Dario Scott, a nominata de responsáveis apresentada pelo Ministério Público agrada às famílias.
Entre as atividades do encontro dos familiares, esteve uma conversa com representantes do Procon do Rio Grande do Sul, que multou a TAM em R$ 1 milhão pela demora em divulgar a lista de passageiros. Em julho do ano passado, o avião saiu de Porto Alegre e se acidentou em São Paulo e provocou 199 pessoas mortes.
Osorienses estavam em vôo acidentado
Pelo menos duas pessoas ligadas à cidade de Osório, estavam no vôo JJ 3054, da TAM, que saiu de Porto Alegre e se chocou com um prédio próximo ao Aeroporto de Congonhas, em São Paulo.
Diogo Casagrande Salcedo, de 25 anos, piloto de avião, morador de Porto Alegre e que tinha casa no Condomínio Interlagos, em Osório, estava sendo contratado pela Companhia TAM. Ele iria em outro vôo, mas como sobrou lugar, antecipou sua ida a São Paulo, onde faria testes para ingressar na empresa.
Carla Fioratti, enfermeira, de 40 anos, natural de Osório, também estava na lista de passageiros que estavam no vôo número JJ 3054, da TAM.