O Febeapá vive!
Fábio Porchat
Stanislaw Ponte Preta estaria se revirando em seu ataúde se ouvisse a asneira dita pelo mais novo debilóide de plantão: Fábio Porchat.
Stanislaw Ponte Preta é pseudônimo de Sérgio Marcus Rangel Porto (1923-1968), escritor, cronista, radialista e compositor brasileiro. Ele nasceu no Rio de Janeiro. Começou sua carreira no jornalismo, em fins dos anos 40, nas revistas Sombra e Manchete. Também atuou nos jornais última Hora, Tribuna de Imprensa e Diário Carioca. Com Tomás Santa Rosa, um ilustrador, surgiu o personagem “Stanislaw”, que foi inspirado no personagem Serafim Ponte Grande do escritor modernista Oswald de Andrade.
Foi com Febeapá – Festival de Besteiras que Assola o País (1966) – que ele alcançou seu grande sucesso. O autor afirmava ser “difícil ao historiador precisar o dia em que o Festival de Besteira começou a assolar o País. Cocorocas de diversas classes sociais e algumas autoridades que geralmente se dizem “otoridades”, sentindo a oportunidade de aparecer, iniciaram essa prática, advindo daí cada besteira que eu vou te contar”, mas disse ter notado um alastramento desse fenômeno depois que uma inspetora de ensino do interior de São Paulo, ao saber que o filho tirara zero numa prova de matemática (embora sabendo que o menino tratava-se de um debilóide), não vacilara em apontar o professor às autoridades como perigoso agente comunista, ironizava o irreverente jornalista. Hoje, os “diligentes” pais denunciam para o Conselho Tutelar ou para o Ministério Público.
EmboraSergio Stanislaw Ponte Preta Portotenha falecido em 1968, o Festival proliferou por essas terras tupis-guaranis. E nestas aldeias litorâneas não poderia ser diferente.
Tem-se nos últimos dias notícias do descalabro (mais um!) cometido em postagem no Face Book por conhecida “figurinha carimbada”.Sua última sandice foi a de “acompanhar o voto do relator”, do presunçoso Fábio Porchat.
Tal postura não causa estranheza se oriunda de “figura” que se orgulha em afirmar com todas as letras que, nos últimos 30 anos, tem se negado a ler quaisquer livros. Inclusive os meus. Rarará.
Diz a lenda – custo a crer – que a “figurinha aderente” à filosofiaporchatiana exerce as sagradas funções do magistério.
Se for verdade, tenho compaixão por seus infelizes alunos.