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O mundo refém de dolares

Tradicionalmente utilizado como moeda de troca nas transações comerciais por todo o mundo, o Dólar americano está enfrentando a sua maior crise de credibilidade de toda a história contemporânea. O ilustre presidente Barack Obama conseguiu, a duras penas, um acerto precário entre Democratas e Republicanos e obteve autorização para ampliar os níveis da Dívida em relação ao PIB. Nada mais do que um mísero paliativo. O último império mundial está em franca decadência, sucumbindo sobre a cabeça de um povo ignorante e soberbo, culminando numa derrocada melancólica tão largamente anunciada.

A bendita Bolha Imobiliária que explodiu em 2008 que levou o mundo a uma gigantesca crise financeira e que ainda afeta a economia de vários países da Europa, foi o primeiro grande sinal de que o Mercado não pode regular a si próprio. Marx previu isto, quando apregoava que o capital é fruto do trabalho e prescinde deste. Quando as empresas começam a deslocar o resultado do trabalho para o mercado financeiro, entrando na ciranda especulativa, fecham a torneira da produção deste capital e colocam todo o seu resultado à mercê de intempéries sobre as quais não detém controle algum.  Bendita bolha que alertou o sistema financeiro a rever um dos principais mandamentos da economia preconizados por Karl Marx: o de que o Capital não se sustenta por si só. Que o Capital é fruto do trabalho e dele precisa retirar a sua perenidade.
O mercado é vorás por lucro e jamais coloca, voluntariamente, controles e freios neste afã de ganhar mais e mais a cada dia. É do Estado o papel de regular não apenas as movimentações financeiras das empresas, enfim, de todos os ‘players’ do mercado, mas também de controlar a movimentação de recursos dentro do País. Nos Estados Unidos, nem a emissão de moeda é controlada pelo governo. O financiamento habitacional, nos EUA, que movimentava trilhões de dólares, era controlado por grandes imobiliárias (Fannie May e Fred Mach).

Guerras são fomentadas pelas indústrias bélicas e da construção civil americanas. O que eles, os ianques, querem, é que hajam terras arrasadas para lucrarem com a reconstrução, manipulando governos, criando caos onde eles ditem as regras e mandem no jogo (e no petróleo). Não estão nem um pouco preocupados com quantas vidas serão ceifadas.

Sugiro aos meus leitores que assistam aos filmes do youtube sobre a geração “Zeigheist”. Nas locadoras, procurem por “Trabalho Interno” e “Firengheit I”. Estes são documentários sobre como os governos americanos são capazes de destruir o seu próprio País para obter lucros por vias indiretas. Em “Firenheight”, por exemplo, o diretor Michel Moore, prova com imagens do próprio presidente George Bush, que haviam enormes interesses por trás da destruição das Torres Gêmeas.

Quem assiste tais documentários não tem dúvida alguma que o povo americano é espetacularmente manipulado e conduzido a acreditar nas mentiras mais absurdas.

O dólar é uma destas grandes mentiras. Uma moeda que não tem lastro em absolutamente nada, que é emitida ao sabor dos ventos, sem controle algum, e que pretende continuar sendo a referência mundial nas transações comerciais. Os contratos que movimentam as bolsas de valores mundo à fora são fortemente concentrados em dólares, como preceito da globalização.

As movimentações financeiras dos grandes grupos internacionais ancoram seus derivativos em contratos futuros em dólares. As importações, particularmente no Brasil, são pagas em dólares e as exportações, como não poderiam deixar de ser, são também vinculadas à moeda americana. E isso vai definir os preços das ‘commodities’ (soja, arroz, carne, petróleo) no mercado interno, também.

Até que o mercado internacional encontre soluções para minimizar os efeitos deste atrelamento à moeda americana, será preciso maior atenção às decisões e desmandos do governo estadunidense, principalmente no que diga respeito a quais países eles estarão direcionando seus mísseis na próxima temporada.

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