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O Quarto Poder

A Constituição da República Federativa do Brasil reconhece, em seu Art. 20., os Poderes da União, independentes e harmônicos entre si, o Legislativo, o Executivo e o Judiciário.

Sabe-se, no entanto, da existência, ainda que constitucionalmente não definida e reconhecida, de um “Quarto Poder”, tão imponente e participativo na vida do cidadão, quer seja, a mídia.

Mídia é o conjunto dos meios de comunicação, e que inclui, indistintamente, diferentes veículos, recursos e técnicas, como, por exemplo, jornal, rádio, televisão, cinema, outdoor, página impressa, propaganda, mala-direta, balão inflável, anúncio em site da Internet, etc. Desses componentes, em razão de sua própria natureza – formadora de opinião – o mais incisivo, com maior índice de penetração e, via de consequência, que atinge o seu objetivo, é o poder da imprensa.

A mídia de maior penetração no Rio Grande do Sul são os veículos de comunicação do Grupo RBS. Zero Hora, indubitavelmente, desponta como o jornal de maior distribuição não apenas no âmbito do Estado como também Santa Catarina, Paraná e Mato Grosso do Sul. A credibilidade desse tabloide é comprovada pelo reconhecimento pelos órgãos estrangeiros especializados que, em não poucas ocasiões, premiaram ZH, em suas mais diversas editorias, pelo ineditismo, repercussão, sobretudo pela imparcialidade e seriedade com que são veiculadas suas diferentes matérias.

O cronista de ofício se vale exatamente desses dados para escrever o seu artigo. Subsidiado, sim, nos elementos trazidos na reportagem, ele dali abstrai para o seu entendimento a “leitura” personalizada e por ele manifestada em sua crônica.

Assim, não há com infligir, única e diretamente, à lavra do articulista a pecha de preconceituosa e imprópria, eis que, ao manifestar sua opinião, respaldada em notícia de veículo de reconhecida – queiramos ou não – magnitude como o é o jornal Zero Hora, o fez como fizeram todos os leitores de mediana inteligência: alicerçados nas expressões do específico texto publicado.

Se, em decorrência de sua crônica opiniática, houve fato gerador de eventuais descontentamentos, estes devem ser cobrados do autor da notícia e de seu órgão publicador.

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