Odebrecht rebate declarações do governo equatoriano
A construtora Norberto Odebrecht rebateu hoje (10) as declarações do governo do Equador, publicadas pela imprensa nos últimos dias, de que o presidente Rafael Correa teria decidido expulsar a empresa do país e rejeitar um acordo a respeito dos problemas surgidos na hidrelétrica de São Francisco.
De acordo com os esclarecimentos, enviados à imprensa, o acordo, firmado no último dia 24, “não é produto de uma proposta da empresa e, sim, da aceitação de todas as exigências do Estado equatoriano”. Diz a nota que o objetivo, ao aceitar essas exigências, era “resolver o conflito com o governo, preservar nossos bens e principalmente garantir a integridade de nossos colaboradores – brasileiros e equatorianos”.
A construtora afirma que ainda não recebeu nenhum comunicado oficial do governo equatoriano. Há dois dias, o ministro de Setores Estratégicos, Galo Borja, disse à BBC Brasil que a decisão de expulsar a Odebrecht também foi motivada por falhas que a empresa teria cometido em projetos em andamento. Uma das reclamações seria a de que a empresa teria recebido verba antecipada para a obra da usina hidrelétrica Teoachi-Pilaton e que, até agora, não fez nada.
“Reafirmamos que estamos rigorosamente em dia com o cronograma das obras, e que o avanço das demais atividades está condicionado à liberação da licença ambiental, de responsabilidade do Estado, e que até a presente data não foi emitida”, diz o comunicado. Quanto ao adiantamento, a nota diz que a verba está sendo utilizada para atender necessidades das obras, como estudos e projetos e compra de equipamentos.
O impasse entre o governo equatoriano e a construtora começou no dia 23 de setembro, quando Correa assinou um decreto ordenando o embargo dos bens da Odebrecht, a militarização de todas as obras em andamento e proibição de que funcionários da empresa deixassem o país.
“Como sempre fizemos, a partir de agora realizaremos todos os esforços para que a decisão do governo equatoriano, se confirmada, cause o mínimo de transtornos a nossos clientes, fornecedores e aos 3,8 mil colaboradores locais. Preocupa-nos particularmente a situação dos funcionários da empresa ainda impedidos de deixar o Equador. Estaremos sempre respeitando a posição soberana do governo equatoriano”, conclui a nota.
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