ONU pede US$ 12,9 bi para ajuda humanitária no próximo ano
As demais operações humanitárias de 2014 estão previstas para o Iêmen, o Sudão, o Sudão do Sul, o Afeganistão, a República Democrática do Congo, a República Centro-Africana, as Filipinas, a Somália, a Palestina, a Birmânia e o Haiti.
“As crises humanitárias são cada vez mais complexas, combinando desastres naturais e conflitos. A complexidade e a amplitude do nosso trabalho aumentam a cada ano”, justificou Valerie Amos.
Depois da Síria, o país que mais necessita de fundos é o Sudão do Sul, em que a ONU precisa de US$ 1,1 bilhão (R$ 2,5 bilhões) para dar assistência a mais de 3 milhões de pessoas. No Sudão, a ONU prevê ajudar aproximadamente 6 milhões de pessoas com US$ 995 milhões (R$ 2,3 bilhões) e, na Somália, 2 milhões de pessoas, com US$ 928 milhões (R$ 2,1 bilhões).
Para dar resposta à catástrofe provocada pelo Tufão Haiyan nas Filipinas, a ONU pede para 2014 mais de US$ 790 milhões (R$ 1,8 bilhão) para dar assistência a cerca de 3 milhões de pessoas.
Em relação aos conflitos no Continente Africano, o pedido de fundos chega a US$ 832 milhões (R$ 1,9 bilhão) para a República Democrática do Congo e a US$ 247 milhões (R$ 576 milhões) para a República Centro-Africana. Nesta segunda-feira, a Organização para a Alimentação e a Agricultura (FAO) estimou a necessidade de mais de R$ 560 milhões só para a ajuda em alimentação da população da República Centro-Africana.
O alto comissário da ONU para os Refugiados, António Guterres, indicou que o conjunto das crises humanitárias em 2013 forçou o deslocamento de mais de 2 milhões de pessoas, o número mais elevado dos últimos 20 anos. “A maioria fugiu da Síria, mas os conflitos no Sudão e na República Centro-Africana provocaram um forte êxodo de populações”, disse.
As três maiores crises registradas em 2013 – da Síria, da República Centro-Africana e das Filipinas – afetaram quase 14 milhões de crianças, segundo a vice-diretora executiva do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), Yoka Brandt.