Operação apura casos de exploração sexual infantojuvenil em Imbé

Operação apura casos de exploração sexual infantojuvenil em Imbé

A Polícia Civil deflagrou, na manhã desta terça-feira (4/7), a 4ª fase da Operação La Lumière, com o objetivo de apurar crimes de exploração sexual infantojuvenil.

A ação, coordenada pela 1ª Delegacia de Polícia da Criança e do Adolescente (1ª DPCA) de Porto Alegre, do Departamento Estadual de Proteção aos Grupos de Vulneráveis (DPGV), cumpriu mandados de busca e apreensão em três locais em Imbé.

As buscas dão continuidade à investigação iniciada com a primeira fase da operação, que identificou que três crianças, com 8, 10 e 12 anos, todas irmãs, eram submetidas aos crimes de exploração sexual, prostituição, estupro e derivados do crime de pornografia infantil pelo investigado.

Conforme as apurações, o suspeito agia com consentimento da mãe das menores, com quem acertava valores em dinheiro para cometer os abusos.

Ambos estão presos preventivamente. Nas fases seguintes, foram identificadas outras mães que também entregavam os filhos menores para o mesmo homem.

Na operação desta terça-feira, o objetivo foi buscar mais elementos para as investigações na residência de facilitadoras dos crimes cometidos pelo investigado principal. Participaram, ao todo, 9 policiais civis e 6 peritos do IGP da área de informática. Houve o apoio de equipes da Delegacia de Imbé e da Delegacia de Tramandaí.

Fases anteriores

Na primeira fase da operação, foram realizadas buscas nas residências do investigado, tanto em sua residência principal como também em seu apartamento à beira mar, na cidade de Imbé.

No local, foram apreendidos diversos instrumentos sexuais, medicamentos calmantes de venda controlada, possíveis dopantes, além de outros acessórios já denotando sua preferência sexual por crianças.

Na ocasião, foram localizados aparelhos celulares e notebooks com o histórico de conversas com a acusada, mãe das menores.

Também foram cumpridos mandados de busca e apreensão com equipes do Instituto Geral de Perícias na residência da genitora de três meninas, como no local de trabalho da investigada onde foram apreendidos eletrônicos, celulares e computadores que detinham conversas dos alvos negociando encontros, combinando valores e com os comprovantes de Pix pelos pagamentos dos encontros.

A segunda fase da operação foi realizada no dia 17 de maio em locais de cumprimento das prisões preventivas e dos mandados de busca e apreensão, em Porto Alegre, Alvorada e Cachoeirinha. Os policiais realizaram buscas nas residências de duas genitoras.

Uma delas, de 26 anos, residente em Cachoeirinha, é estudante da faculdade de medicina veterinária, digital influencer, com filha, vítima, de 6 anos de idade.

Já a segunda, de 23 anos, residente de Alvorada, é aluna do curso técnico de enfermagem, genitora de duas meninas, vítimas de abusos, uma de 1 anos e outra de 3 anos e meio. Ambas foram presas preventivamente.

As crianças foram abrigadas inicialmente e hoje estão com a guarda dos pais e da avó materna. Ambas as investigadas já prestaram serviços na suspeita do suspeito principal como “digitadoras”.

A terceira fase da operação foi realizada no final do mês de maio, em locais de cumprimento da prisão preventiva e mandado de busca e apreensão, em Porto Alegre, no bairro Santana.

Os policiais realizaram buscas nas residências de uma genitora, de 25 anos, com filha, vítima, de 3 anos de idade.

De acordo com a extração das conversas, foi verificado que a acusada contava com apoio e suporte de sua mãe para o cometimento dos crimes.

A criança foi encaminhada para perícia psíquica e verificação de violência sexual no CRAI-IGP por equipes do Conselho Tutelar. A investigada está presa preventivamente.

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