A Polícia Civil, em conjunto com a Brigada Militar e apoio Delegacia de Polícia de Palmares do Sul, deflagrou na manhã desta quinta-feira (31) a Operação Messias para desarticular um grupo criminoso suspeito de envolvimento com tráfico de drogas e homicídios no Litoral Norte. Os policiais cumpriram 17 mandados de prisão temporária e 22 mandados de busca e apreensão nas cidades de Palmares do Sul, Tramandaí, Capivari do Sul, Balneário Pinhal, Cidreira, Osório e Canoas. Foram presas oito pessoas e apreendidas armas, drogas, dinheiro e telefones celulares.
Segundo o delegado Antônio Ractz o grupo é responsável pelo tráfico de drogas em Palmares do Sul e cidades vizinhas e de pelo menos dois homicídios. “Eles são suspeitos de praticarem dois homicídios no Balneário Pinhal este ano. O motivo seria a disputa pelos pontos de tráfico de drogas na localidade”, conta o delegado.
Na ação foi preso o gerente do tráfico, braço direito do líder do grupo, que estava sozinho em sua residência, em uma área afastada do centro da cidade. “Quando chegamos ao local ele tentou escapar pelos fundos da residência. Com ele encontramos um revólver calibre .38 municiado, cocaína embalada para a venda e dinheiro. A casa, que era usada pelo grupo para esconder a droga, tinha até câmera de monitoramento”, conta Ractz. Prisões também ocorreram no bairro Matias Velho, em Canoas e no Tunel Verde, no município de Balneário Pinhal.
A investigação durou cerca de um ano e mapeou o grupo, identificando todos os níveis de atuação. Em janeiro, na residência do líder da organização, na cidade de Tramandaí, três armas do grupo já haviam sido apreendidas pela Brigada Militar, além de um carro e drogas, avaliados em R$ 50 mil. “O patrimônio do grupo será investigado, já que foi identificado um volume muito além da renda lícita dos investigados, como casas no litoral e carros”, relata o delegado Ractz
A operação contou com policiais civis do Litoral Norte e do Grupo de Resgate e Intervenção (GRI) e apoio da Brigada Militar com 8º BPM de Osório e 2º BPat de Capão da Canoa. Cerca de 60 policias, entre civis e militares, participaram da ação. Os presos foram ouvidos na delegacia e conduzidos para o sistema penitenciário.
