Operação Comparsa desarticula quadrilha que praticava extorsão mediante sequestro
Após dois meses de investigação, seis assaltantes foram presos mediante prisão temporária e 10 mandados de busca e apreensão, após planejarem e executarem o sequestro de uma família de um gerente de banco em São Leopoldo, no Bairro Scharlau.
Segundo o delegado Adriano Nonnenmacher, foi apurado que os líderes da quadrilha estão presos na Penitenciária de Alta Segurança de Charqueadas (PASC), e que teriam articulado com outros comparsas em liberdade o sequestro dos sogros e da esposa do gerente, para na manhã seguinte roubar um banco no centro da cidade.
Durante a execução, a família reagiu e os criminosos fugiram. Conforme o delegado, a quadrilha era liderada pelo apenado L.S.C., alvo líder da Operação Cova Rasa, em Canoas, no ano de 2005, com outro apenado da PASC, J.S., conhecido como “Lila”. Eles tiveram a ajuda do compadre do gerente, cunhado de “Lila”, para articular toda a ação delituosa: “foi uma alta traição para o gerente e sua família, que confiavam em seu compadre, pois batizaram a filha do mesmo e o ajudavam em muitas coisas”, disse o delegado Nonnenmacher.
O compadre, sem antecedentes criminais, articulou, planejou, monitorou a família da vítima, bem como levou os assaltantes executores até a casa dos sogros do gerente no dia 16 de setembro, mas não entrou na casa. L.S.C. teria comandado por telefone de dentro da PASC, em tempo real, a ação do sequestro, dando ordens aos demais integrantes da quadrilha, mandando torturar e usar de violência contra as vítimas.
L.S.C. estava até o ano de 2012 preso na Penitenciária Federal de Mato Grosso, devido à alta periculosidade, responsável no início da década por mais de 50 homicídios em Canoas, além de grandes roubos. J.S. é assaltante a bancos, também de alta periculosidade e com cerca de oito homicídios em São Leopoldo.
Todos os outros presos possuem antecedentes criminais por roubos e homicídios. Além dos seis presos, mais dois participantes foram identificados pela investigação, totalizando oito pessoas da quadrilha.
Participaram da ação 60 policiais civis do Vale dos Sinos, Delegacia de Homicídios de Canoas, Grupamento de Operações Especiais (GOE) e DP de Xangri-lá, utilizando 20 viaturas.