Policial

Operação prende 24 por tráfico de drogas no Litoral Norte

Uma operação conjunta entre Brigada Militar e Polícia Civil realizada nesta quinta-feira no Litoral Norte gaúcho desarticulou uma das maiores quadrilhas de tráfico de drogas da região. A Operação Retomada iniciou logo cedo da manhã de quinta-feira, colocando nas ruas 200 agentes, que cumpriram 34 mandados de prisões em Tramandaí, Cidreira, Santo Antônio da Patrulha, Gravataí e Canoas. Vinte e quatro pessoas foram presas. O líder do bando, morador de Gravataí, cuja identidade não foi revelada, ainda é procurado pelos policiais, que já haviam identificado a sua localização. A polícia acredita que a quadrilha é uma das duas maiores do Litoral Norte.

Conforme o delegado Paulo Peres, que coordenou a operação ao lado do subcomandante da Brigada Militar, coronel Jones Calixtrato, a quadrilha estava sendo investigada há oito meses. O líder reside em Gravataí, na Vila Tom Jobim, e era assessorado pela irmã e pela mulher dele, também presas. A polícia interceptou mais de cinco mil diálogos telefônicos durante a investigação. “Chegamos a 50 nomes mas, após filtragem, temos esses 34 alvos de busca e apreensão”, explicou Peres.

A vila Agual, na periferia de Tramandaí, considerada uma das mais violentas da cidade, foi o principal ponto da abordagem da operação, onde foram localizados 16 pontos de comercialização de drogas. A polícia apreendeu seis veículos, quatro armas de fogo e celulares. Contas bancárias também foram bloqueadas. Nma delas, o saldo era de R$ 48 mil, revelou o delegado. Com um casal, a polícia apreendeu cem gramas de crack (suficiente para fazer 600 pedras) e material para embalagem da droga. Em outro ponto foram localizadas duas pedras de crack, que poderia produzir outras 2 mil. Cada pedra de crack é vendida a R$ 5,00. Adolescentes eram usados para transportar a droga.

A droga vinha do Paraná, era levada para Porto Alegre e depois para Gravataí, onde o grupo fazia a distribuição para as demais cidades da região. Conforme Peres, o crack respondia por 90% da droga comercializada. “Essa quadrilha é responsável pela disseminação do crack em Santo Antônio da Patrulha, onde até pouco tempo não havia consumo desse tipo de droga. Hoje, encontramos seis bocas de fumo na cidade”, afirmou o delegado Peres, que atuou no município.

A estimativa é que o bando movimentava semanalmente 1 quilo de crack, 700 gramas só em Tramandaí. Segundo o delegado Paulo Peres, a desarticulação da quadrilha levará à elucidação de outros crimes, como roubos e homicídios, praticados em outras cidades. Agora, a Polícia Civil tem 30 dias para concluir as investigações. Os policiais ainda estão contabilizando o total de apreensões feitas em todos os municípios onde a Operação Retomada ocorreu.

Crédito: Camila Domingues

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