Osório tem dois casos suspeitos de Meningite em isolamento

Dois casos suspeitos de Meningite estão em isolamento no hospital de Osório. Neste domingo, o atendimento na emergência chegou a ser restringido por conta de uma limpeza feita no local.

Um morador da cidade, de 34 anos, com sintomas da doença foi atendido e internado na casa de saúde. Funcionários que atenderam a vítima foram medicados.

Uma senhora que não teve a idade e a cidade de origem divulgada também está em isolamento há alguns dias, segundo levantamento realizado pelo Litoralmania. Ela seria de fora da região. Os resultados para confirmação da doença ainda não ficaram prontos.

A Meningite é comum nesta época do ano e não deve inspirar pânico. A Secretaria Estadual da Saúde (SES) esclarece ainda que, fora Cachoeirinha, não houve outras cidades ou regiões no RS que tivessem apresentado em 2015 notificações de meningite fora dos níveis normais de circulação da doença. Neste ano, até o momento, foram confirmados 48 casos de doença meningocócica, com 13 óbitos entre eles.

Doença meningocócica

A doença meningocócica é uma infecção aguda causada por uma bactéria (Neisseria meningitidis). Esta bactéria pode causar inflamação nas membranas que revestem o sistema nervoso central (meningite) e infecção generalizada (meningococcemia). Existem 13 sorogrupos identificados dessa bactéria, os que mais frequentemente causam doença são o A, o B, o C, o Y e o W135.

Menos de 1% dos indivíduos infectados chegam a desenvolver a doença meningocócica. A literatura epidemiológica descreve uma estimativa que 1 em cada 10 adolescentes e adultos são portadores assintomáticos da bactéria na orofaringe (“garganta”) e podem transmitir a bactéria, mesmo sem adoecer.

A transmissão ocorre de uma pessoa para outra pela secreção respiratória (gotículas de saliva, espirro, tosse), através da qual a bactéria pode atingir a corrente sanguínea. A invasão geralmente ocorre nos primeiros cinco dias após o contágio.

Os principais sinais e sintomas são: febre alta que começa abruptamente, dor de cabeça intensa e contínua, vômito, náuseas, rigidez de nuca e manchas vermelhas na pele (petéquias). Em crianças menores de um ano de idade os sintomas referidos acima podem não ser tão evidentes, devendo-se atentar para a presença de moleira tensa ou elevada, irritabilidade, inquietação com choro agudo e persistente e rigidez corporal com ou sem convulsões.

A principal medida de controle a ser desencadeada nas Doenças Meningocócicas (DM) para reduzir o contágio e, consequentemente, o número de casos, é a notificação e investigação oportuna da suspeita para a pronta administração da quimioprofilaxia aos contatos próximos do caso suspeito.

Outras medidas importantes são:

-Higienização das mãos;

-Higienização do ambiente;

-Ventilação do ambiente;

-Cuidado com os alimentos.

Mais de um tipo de vacina está disponível para prevenção das principais causas de meningite bacteriana. As doses que constam no calendário de vacinação da criança do Programa Nacional de Imunização são:

– Vacina meningocócica conjugada sorogrupo C:

Protege contra a Doença Meningocócica causada pelo sorogrupo C

Doses aos 3 e 5 meses de idade, com reforço aos 15 meses

– Vacina pneumocócica 10-valente (conjugada):

Protege contra as doenças invasivas causadas pelo Streptococcus pneumoniae, incluindo meningite.

Doses aos 2, 4 e 6 meses de idade, com reforço aos 12 meses

– Pentavalente:

Protege contra as doenças invasivas causadas pelo Haemophilus influenzae sorotipo b, como meningite, e também contra a difteria, tétano, coqueluche e hepatite B.

Doses aos 2, 4 e 6 meses, com reforços (contra DTP, contra difteria, tétano e coqueluche) aos 15 meses e 4 anos

– Vacina BCG:

Protege contra as formas graves da tuberculose e nos casos de meningite.

Dose única ao nascer

Redação Litoralmania

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