Palmas é a cidade que registra maior crescimento populacional
“O crescimento de Palmas é basicamente em função dos movimentos migratórios. Tocantins é um estado criado mais recentemente, então está se construindo, por isso tem muito movimento migratório em direção a Palmas”, explicou o gerente de projetos da Coordenação de População e Indicadores Sociais do IBGE, Fernando Albuquerque.
O mesmo motivo explica o fato de o Norte e o Centro-Oeste do país terem apresentado maior aumento populacional em relação às demais regiões, no período entre 2000 e 2010.
Além do caso de Palmas, os municípios mais populosos, ou seja, com mais de 100 mil habitantes, foram os que mais cresceram. Nesses casos, a taxa média anual foi de mais de 2%. E de 2000 para 2010, o número de municípios que integram esse grupo, que responde por mais de 21% de toda a população brasileira, passou de 13 para 15. Entre eles, destacam-se “Manaus, que cresceu 2,51% ao ano, passando de nono para sétimo mais populoso, e Brasília que passou de sexto para quarto, tendo apresentando um crescimento médio anual de 2,28%”.
Os três municípios mais populosos continuam sendo São Paulo, Rio de Janeiro e Salvador. No caso das capitais paulista e carioca, tradicionalmente conhecidas como áreas de atração migratória, a pesquisa do IBGE revelou uma redução lenta na participação populacional ao longo das últimas décadas.
“São Paulo vem diminuindo esse número de entradas em função de migração. Desde o Censo 2000 observamos essa diminuição no ritmo porque é um mercado que exige maior escolaridade então o migrante tem dificuldade de se inserir e volta para terra natal ou vai para novas etapas migratórias”, afirmou Fernando Albuquerque.
Ainda assim, o Sudeste mantém-se com o maior contingente e, por isso, “responsável pela maior parcela do incremento populacional, tendo absorvido 37,9% do crescimento total do país”.
No total, a taxa média de crescimento da população brasileira nos últimos dez anos, foi de 12,3%, atingindo a marca de 190.755.799 habitantes no país. Segundo o levantamento, a redução do crescimento da população vem acontecendo desde os anos de 1960 quando os níveis de fecundidade começaram a apresentar queda.