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Papa defende inclusão de jovens

Uma viagem para ir ao encontro dos jovens, que não devem ser isolados, mas ajudados a enfrentar as dificuldades de cada dia como, por exemplo, a falta de trabalho. Este foi um dos conceitos expressos pelo papa Francisco aos cerca de 70 jornalistas que viajam com ele ao Rio de Janeiro, em um avião da Alitalia, para a Jornada Mundial da Juventude. O evento começa amanhã (23) e vai até domingo (28).

Segundo o porta-voz da Santa Sé, padre Federico Lombardi, Francisco destacou a necessidade de resgatar a dignidade dos jovens e disse que o isolamento deles é uma injustiça.

“Os jovens pertencem a uma família, a uma pátria, a uma cultura, a uma fé. Eles têm uma riqueza que constitui o futuro de um povo. O futuro é também dos idosos, pois eles são os depositários da sabedoria da vida, da história, da pátria e da família. Um povo tem futuro se caminha com a força dos jovens e dos idosos”, ressaltou o papa.

Em seguida, Francisco fez uma reflexão sobre a crise econômica mundial e o fato de os jovens não encontrarem trabalho. “Corremos o risco de ter uma geração que não teve trabalho. É do trabalho que vem a dignidade da pessoa, do ganha-pão cotidiano.”

O santo padre falou também sobre a cultura da indiferença, que se reflete no isolamento dos idosos, e destacou a necessidade de promover a cultura da inclusão e do encontro. O pontífice pediu a ajuda dos jornalistas e que eles trabalhem para o bem da sociedade, dos jovens e dos idosos.
Padre Lombardi apresentou ao papa Francisco os jornalistas de vários países presentes no avião papal. A correspondente da rede televisisão mexicana, Valentina Alazraki, saudou o pontífice em nome de todos os jornalistas. Ela deu de presente ao papa uma pequena imagem de Nossa Senhora de Guadalupe, padroeira da América Latina.

Em sua saudação, Valentina citou a passagem bíblica de Daniel na cova dos leões, referindo-se aos jornalistas que, muitas vezes, são retratados como tais. Brincando, o papa respondeu que os leões não eram tão ruins assim e confessou não dar entrevistas porque é cansativo.

Entre os jornalistas que viajam com o papa, há dez brasileiros, dez norte-americanos, nove franceses, seis espanhóis, além de ingleses, mexicanos, alemães, japoneses, argentinos, poloneses, portugueses e russos.

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