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Para nossa tristeza

A gente tenta, mas é impossível não preocuparem-nos as notícias sobre o processo educacional do nosso estado. Os jornais da semana passada nos dão informações de que temos duzentos e vinte e seis mil jovens em idade escolar, fora da escola. É um noticia gravíssima se consideramos que já fomos o estado como melhores índices de escolaridade do país.

É um número paradoxal se considerarmos que o nosso governador foi ministro da educação de nosso país e que, na sua campanha eleitoral, a Educação foi uma de suas bandeiras prioritárias e, com certeza, em razão dela foi eleito no primeiro turno. Mas independente de nossa estupefação ante a notícia e ante ao número, ambos são verdadeiros. Terríveis verdades que nos levam a nos questionar sobre qual o futuro destes jovens que deveriam esta na escola se preparando intelectual e culturalmente para  exercerem sua cidadania e, por ausentes da escola, se qualificam para uma vida à margem de todos processos sociais, políticos e culturais de seu tempo.

E o que mais nos preocupa é que não vemos qualquer ação efetiva por parte de nosso governador, no sentido de reverter este quadro. Se não fosse assim, as escolas no inicio do ano letivo estariam em perfeito estado de conservação de suas instalações para receber os alunos, se não fosse assim, os professores teriam reconhecidos seus pleitos salariais, se não fosse assim,o transporte escolar, no interior do estado, não precisaria deixar de recolher alunos e levá-los à escola, por falta de estradas.Mas é assim e, lamentavelmente, no Rio Grande do Sul, hoje, a educação é uma ultima prioridade. Para nossa tristeza…

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