Pescadores de Torres recebem capacitação e habilitação profissional
Por isso, a Emater/RS-Ascar realizou um curso de gerenciamento de pesca embarcada, que foi promovido de 29/6 a 10/7, em parceria com a Secretaria Especial de Aquicultura e Pesca (SEAP-PR) do Governo Federal, Banco do Brasil, Secretaria Municipal da Agropecuária e da Pesca, Sindicato dos Pescadores, Orlagel e Posto Charão.
A conclusão do curso de 40 horas aconteceu na sexta-feira (10). Dezessete pescadores artesanais passaram a ser reconhecidos pela Marinha do Brasil como pescadores profissionais, motoristas de pesca ou aprendizes de pesca (menores de 18 anos).
O destaque foi Rosilda Florentino, a única mulher que participou do curso, que obteve a nota mais alta da prova de avaliação.
A partir desta habilitação estes pescadores podem integrar equipes de pesca embarcada de alto mar.
O grupo de formação profissional marítimo da Agência da Capitânia dos Portos de Tramandaí ministrou o curso que ocorreu no salão comunitário Salinas. Os participantes receberam informações práticas e teóricas sobre a arte da pesca embarcada, as técnicas de navegação e os procedimentos de sobrevivência e socorros no mar.
A necessidade de realização do curso partiu do Conselho Administrativo da Coopesca, que é proprietária de uma embarcação e tem tido dificuldades de formar equipe de pesca pela falta de capacitação e habilitação dos pescadores no município.
Carlos Quintino dos Santos, Antonio S. Souza e Edson Gomes, da diretoria da Cooperativa, comentam que a fonte de renda que mantém a entidade é a pesca com embarcação.
Segundo eles, a falta de habilitação dos marujos não permitia que manobrassem por mais dias ou mais distante, o que limitava a pescaria e colocava em risco suas vidas.
O curso, com a habilitação, é uma das ações propostas pela Emater/RS-Ascar para viabilização da Coopesca na intenção de contribuir para a superação das dificuldades gerencias que enfrenta e proporcionar aos pescadores melhoria da qualidade de vida.
“Há grande interesse na profissionalização e mesmo os mais jovens participam como aprendizes. Além de terem um maior acesso à cidadania, já que eles saem da capacitação, profissionalizados e documentados”, afirma o Engenheiro Agrônomo da Emater/RS-Ascar de Torres, Luís Bohn.