Pesquisa aponta que 91% consideram impostos altos
A pesquisa CNI/Ibope mostra, também, que 51% dos entrevistados acreditam que os estados e municípios não têm recursos para proverem os serviços públicos principais. No entanto, as pessoas ouvidas apontaram que em dois estados há recursos suficientes para investimentos públicos. Segundo os dados consolidados, o Rio de Janeiro foi apontado por 60% dos entrevistados e Goiás, por 51%. Os dados mostram que esses foram os dois estados com a menor taxa de avaliação dos governos como bom ou ótimo, com 12% e 21%, respectivamente. Rio de Janeiro e Goiás também foram avaliados com os piores índices de confiança nos governadores, 25% dos fluminenses dizendo que confiam e 29% dos goianos com a mesma opinião.
Na avaliação das prefeituras, 62% dos entrevistados responderam que acreditam que seus governos municipais precisam de ajuda do governo federal para realizarem os serviços públicos, enquanto 31% disseram que a prefeitura tem recursos suficientes.
Na interpretação do gerente de pesquisa da CNI, Renato da Fonseca, é um erro considerar que a população não entende de questões tributárias e sobre como isso interfere na vida das pessoas. “A minha interpretação é que, no todo, as pessoas entendem que o governo já tem os recursos suficientes, mas não distribui bem esses recursos [do governo federal para os governos estaduais e municipais]”, disse.
A utilização dos recursos é mal avaliada pela população. Na média do país, 74% acreditam que os recursos são mal utilizados pela presidenta Dilma Rousseff e seus ministros como, também, pelos governadores e secretários. As prefeituras são mal avaliadas, com 70% das pessoas apontando a má utilização dos recursos pelo prefeito e secretários municipais.
O estado mais mal avaliado é o Rio de Janeiro, onde 87% dos entrevistados acreditam que os recursos estão sendo mal empregados. Em seguida, aparecem São Paulo e Goiás com 81% e 79% de pessoas reconhecendo a má utilização dos recursos públicos, respectivamente.
A pesquisa constatou, ainda, que 42% dos entrevistados acreditam que o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) do seu estado é maior que os demais. Entre os paulistas, 61% dos entrevistados têm a percepção que o ICMS é maior que o praticado por outros estados. Entre os cariocas e gaúchos essa percepção foi constatada por 50% dos entrevistados.