PF apreende R$ 2 milhões em bens de quadrilha especializada em golpes pela internet

Em operação para desarticular quadrilha especializada em fraudes bancárias pela internet, a Polícia Federal apreendeu bens avaliados em cerca de R$ 2 milhões. Nove pessoas foram presas no Rio Grande do Sul nesta quinta-feira.

Entre os bens apreendidos estão quatro apartamentos, terrenos, casas e carros — entre eles, um Porsche e uma caminhonete Hilux —, todos comprados com dinheiro desviado da conta das vítimas de esquema de golpes pela internet.

Há suspeita de que nas contas dos acusados estejam depositadas altas quantias de dinheiro. Os sigilos bancários já foram solicitados.

A Polícia Federal cumpriu na manhã desta quinta-feira nove mandados de prisão preventiva e de 16 busca e apreensão, sendo 13 no Rio Grande do Sul e três no Pará, nas cidades de Porto Alegre, Canoas, Esteio, Sapucaia do Sul, São Leopoldo e Tramandaí (RS), e Marabá (PA).

A operação Dedicado visa desarticular uma quadrilha especializada em fraudes bancárias pela internet.

As investigações, conduzidas pelo Grupo de Repressão a Fraudes Bancárias Eletrônicas (GFEL) da Delegacia de Repressão a Crimes Fazendários (Delefaz), tiveram início em abril de 2010. Utilizando cruzamentos de informações provenientes do Projeto Tentáculos*, a PF identificou o grupo, que seria liderado por um gaúcho, que teria como “braço-direito” um paraense.

O valor estimado das fraudes cometidas, apenas no período de investigação, supera os R$ 5 milhões, podendo atingir montantes maiores a partir da análise do material apreendido.

Segundo a polícia, as fraudes consistiam em invasão de contas da Caixa Econômica Federal e outros bancos para subtrair valores, através de transferências a “laranjas”, pagamento de boletos bancários e tributos (especialmente IPVA) e compras de mercadorias (como materiais de construção). Além disso, o grupo invadia contas de clientes de empresas aéreas para emitir passagens a terceiros usando os pontos do programa de milhagem das vítimas.

Os investigados podem responder pelos crimes de furto qualificado, estelionato, formação de quadrilha e interceptação telemática criminosa. Somadas, as penas podem ultrapassar 25 anos de reclusão.

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