Plantio de arroz chega a 54% da área prevista no RS
O plantio de arroz no Estado evoluiu durante a semana, mas segue em atraso. De acordo com o levantamento do Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga), o processo foi finalizado em 54% da área. No mesmo período da safra passada, a semeadura chegava a 73%. A Zona Sul, considerada a região com maior atraso no início do plantio, agora é mais adiantada e deverá finalizar o cultivo nos próximos dias.
O diretor técnico do Irga, Valmir Menezes, ainda acredita que 80% da área estará plantada até o dia 15 de novembro. “Os produtores estão plantando durante as noites e fazendo um último esforço para concluir o processo”, frisa. Menezes ressalta que a produtividade da lavoura não deverá ser muito afetada. A meta do Programa Arroz RS para esta safra é atingir 6,75 mil quilos por hectare.
Segundo o levantamento do Irga, a Fronteira Oeste e a Campanha têm 60% da área plantada, enquanto a Zona Sul apresenta 65% do processo concluído. A Planície Costeira Interna, que abrange Camaquã, tem 51% do plantio finalizado. A Depressão Central é a região com maior atraso e o processo chega a apenas 34%. Mas, conforme o presidente do Irga Maurício Fischer, a situação não é preocupante. “Na região há um predomínio de pequenas propriedades e os arrozeiros conseguem plantar mais rápido”, afirma Fischer.
Apesar de ter o município mais avançado no plantio, a região que abrange Santo Antônio da Patrulha também apresenta atraso. Torres tem 97% do processo concluído, mas, no geral, a Planície Costeira Externa à Lagoa dos Patos tem apenas 40% da área semeada. Em todo o Estado, foi finalizado o plantio de 554 mil hectares. A expectativa é o cultivo de 1,04 milhão de hectares.
RS produzirá mais da metade da safra brasileira de arroz
Segundo o levantamento divulgado nessa quinta-feira (8) pela Conab, o Estado terá uma produção de 7,05 milhões de toneladas o que corresponde a 60% da safra brasileira de arroz. A produção do País, estimada em 11,9 milhões de toneladas, será insuficiente para atender a demanda do mercado doméstico, avaliado em 13 milhões de toneladas. “Será o terceiro ano consecutivo em que a produção não suprirá o consumo”, analisa o presidente do Irga.