Policial

PM morto em Tramandaí voltava das férias

Um dia após retornar das férias, o policial militar Daniel Trevisan Ramos, 29 anos, morreu com um tiro na cabeça ao impedir um assalto à agência do Banco do Brasil, em Tramandaí.

Ao chegar na manhã de ontem ao banco, o soldado e um colega foram surpreendidos por quatro homens armados com revólveres calibre 38. Fardado, Trevisan não teve tempo de sacar sua arma, sendo baleado ao entrar na área de autoatendimento, onde quatro funcionários do banco eram rendidos. O colega do PM só teve sua arma levada pelos criminosos.

Após balear o policial, os bandidos desistiram do assalto e saíram correndo. Na fuga, o bando foi surpreendido por quatro PMs de Bento Gonçalves que participariam de um evento da Brigada Militar na Câmara de Vereadores de Tramandaí, localizada em frente ao banco. Houve tiroteio, e dois suspeitos foram presos em flagrante.

Dezenas de oficiais e sargentos que participariam do encontro de policiais rodoviários estaduais se somaram ao efetivo local da BM e da Polícia Civil para tentar localizar os dois bandidos que escaparam em um Audi prata. As vias de acesso a Tramandaí e a Imbé foram bloqueadas. Um avião Ximango e um helicóptero apoiaram as buscas.

Conforme o delegado Paulo Peres, o grupo pretendia entrar no cofre, pois tinha conhecimento de que o banco havia recebido dinheiro na véspera.

Trevisan era solteiro e havia ingressado na Brigada Militar em 2003.

O que intriga o delegado é o motivo que levou os PMs à agência. A primeira informação era de que eles haviam sido chamados para dar segurança aos funcionários no momento em que seria feita a recarga dos caixas eletrônicos. Depois, surgiu a informação de que eles teriam sido chamados para verificar o alarme. Os dois procedimentos são habituais na cidade.

– Por que a pessoa que ligou não falou que se tratava de um assalto? Os PMs foram ao local sem saber – diz.

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