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Polícia prende na França suspeitos de ligação com terrorismo

Policiais da França prenderam hoje (30) 19 pessoas suspeitas de ligação com o terrorismo islâmico. As autoridades informaram que foram apreendidas várias armas, inclusive cinco fuzis e pistolas taser (de disparos elétricos), em operações que se concentraram em Marselha, Paris e Toulouse. A maioria das prisões ocorreu na cidade de Toulouse (no Sudoeste), onde o franco-argelino Mohamed Merah matou sete pessoas nas duas últimas semanas, em uma série de ataques.

O presidente da França, Nicolas Sarkozy, disse que estão planejadas mais operações contra grupos extremistas islâmicos. Segundo ele, o objetivo das ações é “expulsar” do território francês pessoas que ameaçam a segurança nacional. Promotores disseram que estão investigando possíveis cúmplices de Merah – morto no último dia 22, depois de mais de 30 horas de cerco policial.

Na operação deflagrada na madrugada de hoje, os principais alvos foram membros de um grupo radical conhecido como Forsane Alizza ou Cavaleiros da Liberdade. O grupo foi dissolvido em janeiro pelo Ministério do Interior da França sob acusação de arregimentar simpatizantes para a luta armada.

Na casa de Mohammed Achamlane, apontado como um dos líderes do movimento,  a polícia encontrou uma metralhadora, uma pistola automática e granadas. Achalame ficou conhecido na França ao queimar o Código Penal do país, protestando contra a lei que proíbe o véu muçulmano, usado pelas mulheres religiosas em lugares públicos.

De acordo com policiais, o objetivo da ação é desmantelar grupos islâmicos radicais. Participaram das operações investigadores dos serviços de contraespionagem e a Raid (unidade de elite da polícia francesa).

Segundo Sarkozy e o ministro do Interior, Claude Guéant, essas operações policiais fazem parte da luta da França contra o terrorismo e o islamismo radical. O presidente francês fez uma comparação entre o trauma provocado na França pelos ataques de Merah e o drama vivido pelos americanos após os ataques de 11 de setembro de 2001.

O Ministério das Relações Exteriores da França anunciou ontem (29) que foram negados os vistos de entrada para quatro líderes religiosos muçulmanos. Eles pretendiam participar de um congresso na próxima semana. O governo francês considerou que os discursos desses representantes islâmicos são uma ameaça à ordem pública.

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