Políticos são corruptos? Sim ou não?

Por certo há muitos políticos corruptos. Há corruptos em todos os segmentos da vida pública. Há corruptos nas polícias, por certo no ministério publico assim como há no judiciário.

É comum se ouvir pessoas de todas as camadas sociais criticando políticos, políticos que muitas vezes eles mesmos colocaram em cargos públicos. Interessante e necessário ressaltar que o eleitor é  único culpado pela péssima qualidade de políticos que temos em cargos públicos. Exemplos são fáceis de citar. Vivo em Xangri-Lá já faz dez anos e venho observando que a qualidade dos que ocupam cargos eletivos vem caindo de forma assustadora.

Temos um Prefeito que é um desastre, se desonesto não sei, embora ouça volta e meia algumas coisas ditas sobre ele e seus secretários. Mas incapaz certamente. Nossos legisladores são um desastre.

Nesses dez anos tenho ouvido tantas barbaridades e tenho observado condutas que dão vontade de atear fogo naquela casa. Não faz muito tempo foi apresentado um projeto criando serviço de moto táxi. Temos muitos táxis na cidade que não são táxis, apenas carros de passeio.

Estas pessoas por certo chegadas aos administradores da cidade obtêm as tais placas e com isto ao comprarem carros novos são isentas de tributos assim como não pagam IPVA que eu e vocês pagamos por sermos menos iguais que eles. Voltando ao moto táxi, parece-me que o autor de tão “importante” e “relevante” projeto esqueceu-se de fazer constar da norma que a cada passageiro deverá ser fornecida uma touca higiênica, pois há uma criatura minúscula (não estou me referindo ao prefeito) que é o tal piolho que grassa nas escolas públicas e não é de hoje, em todos os quadrantes deste estado.

E levanto esta questão não por mim vez que já tenho um brilhante capacete, pois que desprovido de cobertura capilar.

E não é só isto. Faz alguns anos quando da distribuição da medalha Sambaqui, um dos nossos edis ao usar da tribuna disse textualmente: “vou falar sobre a árvore “genital” de meu homenageado”.

Eu gravava as sessões do legislativo e ao ouvir a mesma, mandei ao Tremendão (Fernando Albrecht)  um email e ele colocou tal em sua coluna no jornal do Comercio. Quando da primeira Sessão da legislatura anterior a Secretária da mesa ao ler Ata de Sessão última da legislatura anterior ao invés de ler “unanimidade” leu “humanidade”. As gargalhas vieram sem que pudesse contê-las o que me fez sair correndo do plenário, mas a vereadora não gostou num um pouquinho de minhas gargalhadas. Depois toda vez que ela lia um ofício recebido, ao invés de ler cordialmente, lia “cordiosamente”.  Certo dia cansado de ouvir cordiosamente, ao retornar para casa depois da sessão, me pus a filosofar, ops, filosofar não, pois isto hoje é privilégio de que tem ostente um diploma de filosofia, o que não é o meu caso, pois sou tão somente um apedeuta que é igualmente auto didata.

Como disse, já em casa e pensando, lembrei de minhas aulas de latim coisa que nos currículos atuais não consta. Lembrei então de cor,cordis, substantivo masculino da terceira declinação e que significa coração em nosso idioma. Assim sendo o cordialmente é uma forma de cumprimento que vem desde o medievo e que ainda acreditamos que os nossos sentimentos tenham origem no coração. Não temos o hábito de pensar, um dos grandes males que afligem a humanidade, pois o coração e tão somente aquele que bombeia o sangue que leva o alimento ao cérebro que é o oxigênio. Logo os nossos sentimentos se originam no cérebro.

Nossa vereadora na verdade criou mais um neologismo que vem a ser sinônimo de cordialmente. Será ela uma filóloga? Não sei, mas penso que possível. Estes são os nossos políticos.

Voltando ao assunto inicial que são os políticos corruptos. O Maluf é um claro exemplo de político desonesto e corrupto. Ocorre que ele foi reconduzido à Câmara Federal com centenas de milhares de votos. O que dizer de seus eleitores? É bom nem falar. Mas sempre baixamos a lenha nos políticos por que corruptos. E para que tenhamos um corrupto, necessário que tenhamos um corruptor, vez que um não pode existir sem o outro. É o mesmo caso do ladrão que não sobreviveria em o receptador.  E quem são os corruptores?

Neste caso são pessoas de expressão nos meios sociais e empresarias, pois quando algum político mete a mão em nosso dinheiro ao contratar uma obra, obviamente que na outra ponta do processo está um “empresário”. Óbvio que há empresários honestos e muitos, mas há os empresários corruptores. Só que estes pousam de honestos e são citados nas colunas sociais. Qual dos dois é mais ordinário, o político ou o empresário?

Agora vou a outra questão que há muitos anos me faz  pensar.

Aqueles que empresários e corruptores, assim como os corruptos gostam muito de dinheiro e quem gosta tanto assim de dinheiro por certo não tem escrúpulos. Ouço os meios de comunicação dizerem ser o Fernandinho Beira Mar um grande traficante. Conversa fiada. Esse bandidinho cresceu dentro do trafico e tem por certo uma posição intermediária. Penso e tenho a forte convicção de que quem realmente comanda o trafico de drogas neste país são pessoas insuspeitas, que nós conhecemos como empresários bem sucedidos, pois toneladas de cocaína custam muito dinheiro e precisam de todo um esquema muito bem montado para a lavagem do dinheiro e isto não é tarefa fácil e precisa de envolvimento de casas de câmbio, bancos e por aí vai.

Como combater essa gente? Muito difícil, mesmo dificílimo, pois temos alguns institutos em nossa legislação que são uma barreira quase intransponível como é o caso do sigilo bancário. Além deste temos outros sigilos como o telefônico em que as companhias de telefonia celular têm criado obstáculos à Polícia para fornecer informações mesmo com determinação judicial, conforme ouvi de um Delegado de Polícia faz poucos dias.

Estes problemas são insolúveis, pois o eleitor não é consciente ao votar, colocando gente ordinária no Congresso Nacional, gente que trabalha contra ele. Isto vai continuar por muito tempo, muito tempo mesmo. Infelizmente muito pouca gente é honesta neste país.

Não sou mais honesto do que ninguém, mas neste sábado comprei carne no Mercado Miysashita em Capão da Canoa onde o filé mignon custa apenas R$ 15,00 o quilo. Eu e minha esposa fizemos as compras. Quando saímos do mercado, ao chegarmos ao carro comentei com ela que tinha achado muito baixo o valor que me fora cobrado. Foi neste momento que ela percebeu que não havia passado no caixa um pacote com carne. O que faria você amigo leitor? Não sei, mas eu voltei lá e passei o dito pacote no caixa com um pedido de desculpas pela nossa desatenção.

Até uma próxima se Deus assim o permitir.

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