Prevenção à violência na primeira infância é tema de encontro em Torres
No entanto, causas externas, como acidente e violência, representaram 13,7% dos óbitos entre crianças e adolescentes no ano de 2006. Foi também a principal causa morte entre adolescentes e crianças com idade acima de um ano e a terceira causa morte entre a população geral no País.
Em Torres não há registros de morte infantil por este motivo, mesmo assim, o tema violência infantil é considerado um problema de saúde pública.
Diante deste contexto, profissionais de distintos segmentos do Município participaram de um encontro para tratar da prevenção da violência nesta fase da vida.
Realizado na quinta-feira (5/11), no Centro Municipal de Cultura e Artesanato, o encontro teve a palestra das consultoras Letícia Poli, do projeto de Prevenção a Violência, e Flavia Mariana, do Programa Primeira Infância Melhor.
Considerada velada e mais presente no ambiente familiar, a violência infantil está presa entre “quatro paredes” e não aparece nas estatísticas. Assim, o encontro teve como objetivo buscar a construção de uma cultura de paz ao invés de retratar os tipos de violências cometidas. “É preciso pensar em uma rede de prevenção, onde todos são agentes da não violência”, enfatizou Flávia.
Na ocasião foi enfatizada a necessidade de prevenir a violência no começo da vida. “É na gestante, nos cuidados da primeira infância, no acolhimento da criança na escola e daí por diante que estão os principais instrumentos de prevenção à violência”.
Além disso, pesquisas mostram que a exposição do menor a um ambiente violento está entre os principais fatores capazes de torná-la um adulto criminoso. “Cabe a todos nós criar alternativas, até então inexistentes, para amenizar esse quadro. Crianças amadas e bem cuidadas se tornam cidadãos mais conscientes e responsáveis no futuro”, declarou.