Projeto de Lei institui a Semana estadual de controle das infecções hospitalares
Na justificativa do projeto, o deputado destaca que, para o Ministério da Saúde, infecção hospitalar é qualquer infecção adquirida após internação do paciente e que se manifesta durante a internação, ou mesmo após a alta, quando puder ser relacionada com a internação ou procedimentos hospitalares. O Ministério determina que os hospitais tenham Comissões de Controle de Infecções Hospitalar (CCIHs), e que informem suas taxas para o Sistema Nacional de Informação e para o Controle de Infecções em Serviços de Saúde (Sinais), porém, “apenas metade dos sete mil hospitais do país com CCIHs possuem dados confiáveis, conforme admite a própria ANVISA (Agência Nacional deVigilância Sanitária)”, observa o parlamentar.
Simoni afirma também que as infecções hospitalares costumam prolongar o tempo de internação em sete dias, gerando custos adicionais de 25% para as instituições de saúde. Além disso, são responsáveis por aproximadamente 45 mil óbitos anuais no Brasil, provocando um impacto de 5% na taxa de mortalidade registrada no país. Ainda segundo informações do parlamentar, pesquisas internacionais revelam que o custo de um paciente com infecção é de duas a cinco vezes mais alto.
A data escolhida
Ao definir a data da semana de prevenção, o deputado explicou que foi no dia 15 de maio de 1847, que Philip Ignaz Semmelweis, um médico húngaro, trabalhando em Viena, instituiu, pela primeira vez, a obrigatoriedade de médicos e estudantes de medicina lavarem as mãos em uma solução com anti-séptico antes de atenderem às parturientes sob seus cuidados. “Essa simples norma, nesse simples ato, resultou numa redução enorme da mortalidade por febre puerperal, naquela maternidade”, advertiu.