Projeto prevê controle de velocidade por lombadas eletrônicas
O PL 85 2008, de autoria do deputado Álvaro Boessio (PMDB), dispõe sobre a instalação de controladores eletrônicos de velocidade nas estradas estaduais e federais delegadas do Rio Grande do Sul. Pelo projeto, o controle de velocidade, com equipamentos fixos, será realizado somente por meio de lombadas eletrônicas.
Boessio revela que o intuito da sua proposição é estimular a educação no trânsito junto aos motoristas, tendo como finalidade a diminuição de acidentes e mortes nas rodovias gaúchas. O parlamentar entende que os controladores de velocidade conhecidos como “pardais” são instrumentos arrecadatórios e que não funcionam como indutores de mudança de comportamento dos motoristas.
O peemedebista acredita que uma boa alternativa para o estado seriam os convênios entre o Daer e as prefeituras, já que os equipamentos tem custo elevado (R$12 mil) e só podem ser adquiridos depois de um processo licitatório, fator que retarda a aquisição e instalação de novos equipamentos.
Formas de controle da velocidade
Para o especialista em trânsito, David Duarte Lima, a velocidade adequada de uma via depende de uma grande quantidade de características, como por exemplo, a “profundidade” da visibilidade, o relevo, se há fatores freqüentes que alteram as condições da via, como por exemplo neblina ou chuvas, o tipo de tráfego (caminhões, carros, bicicletas, tratores, ciclistas,pedestres), a largura da via, o tipo de utilização no trecho (comércios, residências, escolas, hospitais).
O especialista lembra que é obrigação do Estado manter a segurança das vias, em particular no quesito velocidade, considerada uma das grandes causas de acidentes. “Há muitas e muitas formas de reduzir a velocidade, como diminuir a “perspectiva de profundidade” da via, fazer alterações no traçado, mudar a textura da pavimentação… Os pardais e “lombadas” eletrônicas são algumas das formas de controle da velocidade”, sublinha Lima.
Para Lima, os “pardais” tem por objetivo monitorar a velocidade ao longo da via, e é preciso que o condutor não saiba onde está o controle, para que ele adote a velocidade de segurança e olhe o velocímetro permanentemente.
“Já a lombada destina-se a uma redução pontual, como se fosse um quebra-molas. Para isso, é necessário que ela seja visível. Tanto os “pardais”, quanto as lombadas eletrônicas são bons controladores”, analisa Lima.