Proprietários de danceterias são presos, suspeitos de espancar jovens, em Tramandaí
Proprietários das danceterias Nono Miro, em Tramandaí, e Jardim da Noite, em Imbé, Rafael e Fábio estacionaram um automóvel Gol na frente de uma lan house, na Rua Jorge Sperb, centro da cidade, por volta das 23h30min.
Eles estavam atrás de jovens que, momentos antes, teriam quebrado um dos vidros da caminhonete. Portando uma pistola e um bastão, eles teriam agredido quatro rapazes com idades entre 17 anos e 26 anos.
Após a briga, eles teriam colocado uma das vítimas dentro do carro para continuar as agressões. Eles negam a versão apresentada pelas vítimas à polícia.
Os irmãos foram localizados pela Brigada Militar, por volta da 0h30min, na Avenida da Igreja, também no Centro. A dupla estava sozinha, mas havia sangue no interior do veículo.
Conforme o delegado Perez, imagens flagradas em uma lan house indicam que a versão apresentada pelos irmãos não eram verdadeiras.
— As imagens mostram que parte do depoimento deles não é verdade. Se parte não é verdadeiro, o resto é duvidoso. E o depoimento das vítimas é bem convincente. Tudo indica que, de fato, houve seqüestro e cárcere privado, mesmo que momentaneamente. Vou indiciar eles e encaminhar o caso para a Justiça — falou o delegado, após olhar as imagens, por volta do meio-dia deste sábado.
Contraponto
“O pára-brisas do veículo Sprinter foi quebrado, na frente da danceteria Nono Miro. Eles guardaram o carro e foram até Tramandaí em busca de uma viatura da Brigada Militar, pois tinham a descrição das pessoas que quebraram. Ao chegar na Rua Jorge Sperb, no Centro, depararam com o grupo suspeito de ter quebrado o vidro. Eles pararam o carro, e o grupo veio para cima deles.
Houve uma briga. Num determinado momento, o Rafael foi empurrado para dentro do carro e brigou com um dos suspeitos no banco de trás do veículo. Eles conseguiram sair e procuraram a delegacia. Como estava sendo registrado um flagrante na delegacia naquele momento, e o grupo que eles enfrentaram estava se aproximando, meus clientes resolveram ir embora para voltar mais tarde.
Quando estavam indo para residência, foram abordados pela Brigada Militar. Não houve em momento algum cárcere privado”, diz a advogada Adriane Marques Viana, defensora dos irmãos.