Ramais existem – Por Jayme José de Oliveira

Jayme José de OliveiraQuando tudo parece se encaminhar, inexoravelmente, para um desfecho trágico, sempre há um ramal para reconduzir à zona do conforto. Conforto no sentido de satisfação, esperança, não de inoperância, conformismo. A corrupção (corruptos + corruptores) açambarcam as vias usuais? Procure-se um ramal.

Quando o advogado de um dos implicados afirma, tentando uma desesperada defesa: “Sem “pixuleco” não se assenta um paralelepípedo sequer” não expressa a verdade por inteiro. Ao afirmar não haver outro caminho que o toma-lá-dá-cá institucionalizado desconhece, desdenha e descrê que haja pessoas honestas e probas no Brasil.

Quem vivenciou muitos governos, desde Getúlio Vargas, sabe que uma instituição ao menos ajudou a construir a pujança do nosso país enfrentando a natureza inóspita, sem ser movida por “pixulecos”: o Exército Brasileiro. Hoje continua seu labor profícuo e, onde requisitado constrói, para desconformidade das grandes empreiteiras e dos que amealham fortunas com “consultorias” e outros quetais.

Outros ramais existem, usando-os podemos contornar descaminhos. É só procurar e, uma vez encontrados, contornar as “cascas de bananas” que serão espalhadas pelos inconformados.

Há ramais que auxiliam chegarmos ao destino. Há ramais que em vez nos fazer progredir nos embrenham em emaranhados por vezes intransponíveis, sempre conflituosos e diversionistas. Quando o juiz Sérgio Moro divulgou ligações telefônicas nas quais aparece a voz da presidente enveredou por um ramal errático. Errou segundo renomados juristas. Quando se pretende obstaculizar as investigações a pretexto de coibir um pretenso ato falho, abre-se um ramal ainda mais tortuoso ainda, que poderá levar  a um final indesejado pelos que propugnam pelo esclarecimento dos fatos: a blindagem dos responsáveis inequívocos não contribui em nada para uma solução pacífica, quanto mais consensual. Erram tanto ou mais que o jurisconsulto.

Quando há ocorrência simultânea de dois ou mais ramais, urge escolher o que melhor se coaduna ao prosseguimento da jornada. Não podemos errar.

EXÉRCITO AGILIZA OBRAS NO PAÍS E AS EMPREITEIRAS SE QUEIXAM

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Depois de retardarem obras importantes para o país, as empreiteiras privadas criticam quando o Exército é acionado para garantir as obras prioritárias.

A eficiência, honestidade e a rapidez do Exército na execução de obras de construção e reforma pelo país estão incomodando as empreiteiras, que se queixam de “concorrência desleal” por parte da corporação.

O presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (Cbic) reclamou  em abril 2.015 da participação do Exército Brasileiro em obras desenvolvidas pelo governo federal. “O setor da construção civil não vê com bons olhos a atuação do Exército em obras como duplicação de estradas e construção de aeroportos. Não há necessidade de os militares assumirem obras desse tipo”, disse.

“O Exército é hoje a maior empreiteira do país”, reclama também o presidente da Associação Nacional das Empresas de Obras Rodoviárias. Segundo ele, poucas construtoras no país têm hoje uma carteira de projetos como a executada pelos batalhões do Exército. No PAC, há 2.989 quilômetros de rodovias federais sob reparos, em construção ou restauração, com gastos previstos em R$ 2 bilhões. Destes, 745 quilômetros – ou R$ 1,8 bilhão – estão a cargo da corporação. “Isso equivale a 16% do orçamento do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes neste ano”, disse.

O general Jorge Ernesto Pinto Fraxe, da Diretoria de Obras de Cooperação (DOC), do Departamento de Engenharia e Construção do Exército (DEC), rebateu as declarações dos representantes das empreiteiras e afirmou que “a atuação dos militares só ocorre quando é bom para o país e para a instituição”. O general declarou que “algumas das obras assumidas pelos militares eram consideradas prioritárias e estavam tendo problemas para serem tocadas pela iniciativa privada”. “A gente não pleiteia obras. Elas são oferecidas e aceitamos quando elas são importantes para o desenvolvimento do país e para nosso treinamento”, destacou. No auge das obras, 12 mil soldados atuaram na construção civil para o governo.

Ele lembra, por exemplo, que havia uma briga no consórcio vencedor da licitação para a duplicação da BR-101 e que as empresas fugiam do início das obras da transposição do São Francisco. A alegação para o retardamento do início das obras era que o canteiro ficava no polígono da maconha. O general conta que o Exército fez um trabalho social na área e que dois hospitais foram montados na região para atendimento à população.

MILITARES CONSTROEM OBRAS COM EFICIÊNCIA, ECONOMIA E RAPIDEZ

Jornal Opção acompanha a visita de chefe do Departamento de Engenharia de Construção (DEC) às frentes de serviços de recuperação de uma rodovia federal e de reconstrução de um aeroporto na Bahia.

Militares inspecionam obras conduzidas pelo Exército em rodovia federal e aeroporto no Sul da Bahia
Militares inspecionam obras conduzidas pelo Exército em rodovia federal e aeroporto no Sul da Bahia

Frederico Vitor
De Caravelas, Bahia

“O trabalho honrado tudo ven­ce.” A frase do Visconde de Mauá é o lema do 11ª Batalhão de En­genharia de Construção (11º BEC), com sede em Araguari, na região do Triângulo Mineiro. A organização militar mantém a 1,5 quilômetro de sua sede, um efetivo de 300 homens que trabalham na reestruturação de um aeroporto e na construção e recuperação de trecho de 84 quilômetros da rodovia federal BR-418. As duas obras estão sendo executadas no município baiano de Caravelas, região Sul do Estado.

Desconhecido pela maioria dos brasileiros, o Exército possui larga experiência em construção, ampliação, reforma, adaptação, reestruturação e conservação de obras em todo o território nacional, empregando as mais avançadas tecnologias da área de infraestrutura. Seguindo um padrão gerencial de planejamento e de execução de obras, atualmente, a Força Terrestre atua em 25 projetos, sendo 9 inseridos no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) que estão nas mãos de 12 batalhões de engenharia de construção espalhados por todo o País.

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José Carlos Videira – São Joaquim (SC)

Batalhão de engenharia enfrenta frio e geologia para abrir estrada na serra catarinense. Obras de difícil execução servem de treinamento aos homens e colocam à prova máquinas e equipamentos do Exército Brasileiro.

Em tempos de paz, o Exército Brasileiro exercita sua tropa de oficiais engenheiros com obras voltadas para a comunidade, por intermédio de convênios com o próprio governo federal e com governos estaduais. Construções de ferrovias, rodovias, portos, aeroportos, pontes e viadutos podem ser executados por unidades das forças armadas espalhadas pelo Brasil, muitas vezes, em regiões longínquas e em terrenos de difícil acesso. Entre essas unidades está a do 10º Batalhão de Engenharia e Construção (BEC), sediado em Lages (SC), que possui uma longa folha de serviços prestados e obras realizadas na região Sul do País. Um dos mais recentes e desafiadores trabalhos em execução pelo 10º BEC está o da construção e pavimentação da Rodovia SC-114, conhecida pelo nome de Rodovia Caminhos da Neve. A obra é feita por meio de convênio com o governo de Santa Catarina.

OBRAS DA ENGENHARIA DO EXÉRCITO EM CARAVELAS – 1min34seg

https://www.youtube.com/watch?v=oLoilJ2MQiE

Jayme José de Oliveira
cdjaymejo@gmail.com
Cirurgião-dentista aposentado

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