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Reflexões para uma quarta feira de Sol

Na França a sociedade, está incendiando o País porque o Governo pretende aumentar em dois anos a idade mínima para aposentadoria.

A situação é de tal magnitude que as forças armadas foram mobilizadas para tentar controlar o povo.

Aqui no Brasil, as classes dominantes através de seus marionetes da classe política, silenciosamente, aumentam a idade mínima de aposentadoria, criam um redutor de benefícios, corrigindo-os abaixo da inflação que é  medida por índices manipuláveis,cobram contribuições dos aposentados que voltam a trabalhar sem qualquer contraprestação ao valor confiscado, atendem os aposentados e trabalhadores como se estivessem fazendo favores e por ai em diante…!!! Quem desejar comprovar isto se dirija a agência do INSS e constate, pessoalmente.

A resistência dos franceses, às tentativas das modificações propostas, denota  a cultura daquele povo, a sua dignidade, a sua capacidade de indignação e a sua obstinação na busca e na manutenção  de seus direitos, sejam eles quais forem.

A nossa passividade, diante das injustiças da Previdência  e diante das vergonhas que o poder dominante faz com o Povo denota,  somente,  a nossa  cultura de submissão,  de subserviência, de cobardia e  de incapacidade de reagir e de resistir.

Os franceses resistiram, no mundo antigo, a invasão de Roma, no século XVIII derrubaram a monarquia e,  no mundo moderno,  venceram  a dominação Nazista.
Nós, histórica e secularmente, nos submetemos ao jugo do colonizador, ao absolutismo do reinado e do  império,  à república velha e nova que,  através da classe dominante, que é a mesma sempre, continua nos tratando como escravos e como índios. Sem voz,  sem vez e que  tudo aceitamos sem revolta.

Sabendo disso,  esta classe dominante ilude ao povo com o futebol nas quartas, sábados e domingos,  fascina-o com o  brilho dos espelhos e com o luxo falso das fantasias do nosso eterno carnaval, a continuar elegendo os políticos,  em todos os níveis do país, que continuarão nos mentindo, nos roubando,  nos escravizando e trabalhando para aumentar a rentabilidade de quem os alimenta e os mantém,  porque é conveniente e é rentável,  para ambas as partes.

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