Rio Grande do Sul vai aderir à Campanha Nacional do Desarmamento
Ao fazer o lançamento, o Rio Grande do Sul passa a ser o segundo Estado a aderir à Campanha Nacional de Entrega Voluntária de Armas e Munições (Cevam/2011), do Ministério da Justiça. O primeiro foi o Rio de Janeiro.
A participação do RS no processo ocorreu a partir da mobilização do Comitê Gaúcho por um Brasil Sem Armas, que reúne uma série de instituições da Sociedade Civil organizada, em conjunto com a Secretaria da Segurança Pública (SSP) gaúcha, apor meio dos órgãos vinculados e do Programa Estadual de Segurança Pública com Cidadania (Proesci), e com a Polícia Federal.
As instituições partem do princípio de que o desarmamento colabora com o enfrentamento à violência e possibilita, sobretudo, a redução de homicídios, uma das metas nesta área dos Governos Estadual e Federal.
Durante o ato desta sexta-feira (20), o governador e o ministro da Justiça deverão inutilizar ao menos uma arma já recebida voluntariamente pela Polícia Federal.
No saguão do Palácio Piratini, servidores da PF distribuirão folhetos com instruções para a população sobre o procedimento para a entrega das armas. Num primeiro momento, somente as instituições da PF no Estado estão autorizadas a fazer o recolhimento, mas o Ministério da Justiça deverá, gradativamente, credenciar outras instituições, como as a Polícia Civil e a Brigada Militar para receber os artefatos.
A entrega pode ser feita na Superintendência Regional Rio Grande do Sul, em Porto Alegre, ou nas delegacias regionais da PF em Bagé, Chuí, Caxias do Sul, Jaguarão, Santana do Livramento, Passo Fundo, Pelotas, Rio Grande, Santo Ângelo, São Borja, Santa Cruz do Sul, em Santa Maria e Uruguaiana.
Políticas sobre drogas
O ministro da Justiça e o governador também assinam acordo de cooperação que permite que os bens apreendidos com o tráfico no Rio Grande do Sul sejam usados contra esse tipo de crime. O documento é um dispositivo do Sistema Estadual de Políticas Públicas sobre Drogas, criado pelo Governo do Estado por meio da Secretaria da Justiça e dos Direitos Humanos.
De acordo com o documento, firmado entre o Estado, a União, o Tribunal de Justiça e o Ministério Público, os recursos levantados por meio de leilões e o dinheiro apreendido com traficantes alimentarão o Fundo Estadual de Políticas Públicas sobre Drogas, e serão divididos igualmente entre instituições e programas de Segurança, Saúde e prevenção às drogas.
O acordo de cooperação permite que veículos e eletrodomésticos, frutos de apreensões, também sejam repassados diretamente para entidades destas áreas.