Risco de Super El Niño: preocupação de muita chuva e enchentes no RS

O El Niño em 2023 deve ser, no mínimo, forte e começar no início de junho.

O fenômeno, caracterizado pelo aquecimento das águas do Oceano Pacífico, aumenta as temperaturas do planeta e, ao Rio Grande do Sul, costuma trazer calor e chuva.

Há chances também do fenômeno evoluir para um nível “muito forte”, de “Super El Niño”.

A previsão é de que o evento climático seja fraco nas três semanas iniciais, mas que sua intensidade progrida até setembro, com chances de causar enchentes e alagamentos no Estado durante a primavera, segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet).

A precipitação intensa deve chegar primeiro na região norte gaúcha, até agosto, a partir da metade inicial do inverno.

— Na segunda metade do inverno, entre agosto e setembro, a chuva se espalha pelo Estado e as temperaturas sobem. Tanto chuva mais forte, como mais frequente, e temperatura elevada — afirma o meteorologista Marcelo Schneider, coordenador do Distrito de Meteorologia de Porto Alegre do Inmet. Segundo ele, uma primavera chuvosa e quente é um “prognóstico seguro”.

Na avaliação do meteorologista, também se pode afirmar que o El Niño será “forte” já no fim do inverno, mas que o período inicial da estação fria ainda pode “surpreender” com temperaturas baixas.

De acordo com os prognósticos, um “Super El Niño”, tecnicamente considerado um fenômeno “muito forte”, pode chegar a partir de setembro, na primavera. É uma possibilidade, mas ainda não há certeza, segundo Schneider.

Os últimos “Super El Niños” ocorreram nas temporadas 2015/2016, 1997/1998 e 1982/1983.

Nessas oportunidades, o fenômeno causou enchentes e grandes alagamentos no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina.

Em 2015, por exemplo, o Guaíba atingiu em Porto Alegre seu maior nível desde a grande enchente de 1967.

Já em 1983, o fenômeno causou um alagamento de grandes proporções na região catarinense do Vale do Itajaí (SC), após o rio Itajaí-Açu transbordar.

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