Robôs aprendem a trabalhar em meio ao caos

Um braço robótico do laboratório de pesquisas da Intel, em Seattle (EUA), usa sensores localizados em seus “dedos” para identificar o tamanho e formato de objetos. De acordo com o pesquisador sênior Josh Smith, o objetivo desse projeto ainda em desenvolvimento é “melhorar a habilidade de robôs para que eles coletem objetos em ambientes desestruturados, ocupados por seres humanos”.

Ou seja: essa tecnologia poderá tirar as máquinas de fábricas com estrutura impecável, para fazer com que elas trabalhem em casas bagunçadas. A versão on-line da publicação “Technology Review”, que divulgou o projeto, disponibilizou um vídeo que mostra a máquina em ação. Clique aqui para assistir à demonstração dessa tecnologia chamada pre-touch (pré-toque).

Atualmente, braços robóticos são usados para coletar objetos pré-determinados em fábricas, locais muito organizados. No entanto, ao adicionar a capacidade de pré-toque aos robôs, essas máquinas podem identificar o formato e tamanho de objetos com os quais ainda não estão familiarizados.

Segundo a “Technology Review”, Smith espera que, com isso, os robôs se tornem mais úteis em ambientes domésticos. Eles poderão, por exemplo, servir um copo de água para um idoso ou recolher objetos antes que o aspirador inicie a limpeza.

Cada sensor é formado por eletrodos localizados na ponta do braço robótico – região que seria de seus “dedos”. Quando os pesquisadores aplicam uma corrente elétrica nesses eletrodos, o braço robótico consegue identificar mudanças no campo elétrico causadas por objetos que contém água (uma garrafa ou uma maçã, por exemplo). “Então, algoritmos específicos processam os dados e dão instruções para os dedos robóticos se mexerem em volta do objeto analisado”, explica a “Technology Review”.

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