Sabotadores do Brasil – Por Jayme José de Oliveira

Jayme José de OliveiraFECHOU ACESSO À CAPITAL

“O bloqueio por mais de uma hora e meia da avenida Mauá, o principal acesso ao centro de Porto Alegre, na manhã de ontem marcou o início do protesto dos trabalhadores contra o projeto do aumento no ICMS que iria à votação à tarde, na Assembleia. Articulado por centrais sindicais, como a CUT, CTB-RS e Intersindical, contrárias â elevação da tributação, o bloqueio começou por volta das 6h50, em um dos momentos de pico do trânsito na região central.O impacto foi imediato nos fluxos vindos dos bairros pelo Túnel da Conceição e na Avenida da Legalidade. Durante parte do protesto, os manifestantes fecharam também a saída do viaduto da rodoviária. Muitos passageiros optaram por desembarcar dos ônibus e seguir caminhando”. (Correio do Povo – 23/09/2.015)

Imaginem, só imaginem a situação do erário rio-grandense em 2.016 – que, atualmente, já não consegue pagar os salários devidos – se não forem disponibilizadas fontes de recursos adicionais.

Diretamente interessados no saneamento do caixa estadual para que os salários voltem a serem pagos regularmente, como justificam a oposição ferrenha que os leva a tamanhas diatribes?

Nem todos os dirigentes alinhados com a oposição no estado estão conformes com os procedimentos adotados. O prefeito Jairo Jorge de Canoas (PT) assim se manifestou:

– “Ou o PT muda, ou acaba com a utopia”.

Em relação ao comportamento da bancada petista na votação do tarifaço:

– O PT agiu como se fosse um genérico do PSOL. Nós, que governamos o estado por oito anos, deveríamos ser propositivos, apresentar alternativas”. (Correio do Povo, 24/09/2.015)

O QUE REPRESENTA VOTAR CONTRA A AUSTERIDADE FISCAL EM BRASÍLIA

Reajuste de 78,56% para o judiciário: R$ 36,2 bilhões;

Reajuste isonômico aos aposentados com mais de 1 salário mínimo: R$ 11 bilhões;

Isenção do PIS-Confins dos combustíveis: R$64,6 bilhões;

Dedução do imposto aos professores para compra de livros : R$ 16 bilhões.

TOTAL: R$ 127,8 bilhões até 2.019.

Imaginem, só imaginem a catástrofe que ocasionará para as já combalidas finanças do Brasil a rejeição dos vetos!

Como aposentado com mais de 1 salário mínimo, seria beneficiado. Como cidadão, considero “que outro poder mais alto se alevanta”. (Luiz Vaz de Camões – Os Lusíadas, Canto 1,3) Contudo, para justificar esse desprendimento, não espero, exijo que o exemplo parta de cima. A estória de cortar na carne remete a uma pergunta irrespondível até o momento: Carnede quem? Da minha, da nossa, da população em suma, NÃO DÓI PARA QUEM TEM A CANETA AO DISPOR. Cortar onde pode atingir correligionários, os “mais iguais” (creio na honestidade pessoal da presidente), dificultar acordos, para evitar o termo conchavos, abandonar o nauseabundo toma-lá-dá-cá que representa o cerne da tal governabilidade? ALGUÉM ACREDITA NO PAPAI NOEL, NA FADA MADRINHA, NO COELHINHO DA PÁSCOA…?

“A ideia de que as maiorias têm o poder é falsa, mesmo numa democracia. As minorias mandam. Minorias articuladas, naturalmente. O poder das minorias sólidas é imenso. Hoje 50 pessoas param Porto Alegre. Hoje 300 deputados param o Brasil.

A oposição é parte indispensável duma democracia saudável. Mas não o tipo de oposição que se faz no país.

No Rio Grande do Sul desde a semana passada havia uma minoria ansiando pelo confronto com a polícia. Queriam que gente saísse da Assembleia sangrando e gritando contra a truculência do governo repressor. Essa é a prática das oposições no Rio Grande do Sul.

O projeto do Sartori é bom ou ruim? Não sei, mas posso dizer que os que foram armados ou dispostos a “quebrar para entrar” foram para criar um “fato político”.

Assim em Brasília. O que os deputados federais, inclusive alguns da base governista estão fazendo? Estão inviabilizando o país.

São minorias podres. É o que basta para apodrecer todo um país”. (David Coimbra – Zero Hora, 23/09/2.015)

Jayme José de Oliveira
cdjaymejo@gmail.com
Cirurgião-dentista aposentado

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