Saca de arroz tem alta e valor chega a R$ 25,19

A semana foi agitada no mercado arrozeiro gaúcho e a cotação do produto apresentou alta no Estado. O anúncio dos reajustes dos estoques públicos e a confirmação da Conab de que não acontecerão leilões nos próximos dois meses fez a saca de 50 quilos atingir o maior valor dos últimos 12 meses. Conforme o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), o cereal fechou a quinta-feira (10) cotado a R$ 25,19. O valor está R$ 1,09 abaixo do custo de produção.

Para o diretor comercial do Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga), Rubens Silveira, a tendência é uma recuperação gradual dos preços. Segundo Silveira, a oferta está ajustada e há uma demanda forte das indústrias por arroz. “O mercado está com maior liquidez, além de estar consolidando os preços que, até então, eram apenas nominais”, ressalta.

As indústrias voltaram a comprar o produto após um período considerado fraco pelo setor, por envolver as festas de final de ano, férias coletivas das beneficiadoras e um consumo menor de arroz pela população no verão. O aumento da cotação, porém, ainda não cobre o custo de produção por saca, apurado pelo Irga. Os valores estão 4,7% abaixo do que cada produtor gasta em sua lavoura para produzir 50 quilos de arroz.

Conforme o diretor do Irga, o setor está trabalhando para liberar armazéns para a safra que será colhida a partir de fevereiro. Nesta semana, o secretário da Agricultura João Carlos Machado tratou, em Brasília, de alternativas para escoar cerca de 115 mil toneladas de arroz que estão armazenadas na Companhia Estadual de Silos e Armazéns (Cesa). A liberação dos silos da Cesa, que estão ocupados por arroz colhidos em safras passadas, beneficiará aproximadamente 4 mil pequenos orizicultores.

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